Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Florianópolis, 2015.A poluição é capaz de provocar mudanças na riqueza (diversidade alfa), nas abundâncias e/ou composição (diversidade beta) de comunidades biológicas. A entrada de nutrientes e as mudanças na penetração da luz são processos considerados entre os que afetam o crescimento de macroalgas e impactam a estrutura de comunidades. Esse cenário pode resultar em deslocamento na composição de espécies, com a dominância de algas oportunistas. Este trabalho teve como objetivo a análise das diferenças entre os padrões estruturais de comunidades de macroalgas bentônicas em habitats mais impactados e menos impactados do litoral de Santa Catarina, Brasil, com base na análise de dados coletados durante o verão em diferentes praias. A amostragem quantitativa das algas se deu por raspagem das algas presas às rochas, delimitadas por quadrados de cano de PVC de 30 x 30 cm. Foram coletados nos costões rochosos 15 quadrados por praia. Para cada espécie foi obtida a biomassa seca. No aspecto qualitativo, foram identificadas 52 espécies distribuídas entre os filos Rhodophyta, Chlorophyta e Ochrophyta (considerando apenas a Classe Phaeophyceae). A riqueza e a biomassa variaram significativamente entre as praias. Além disso, considerando apenas a biomassa, foram detectadas diferenças entre os ambientes de acordo com seu grau de impacto, de acordo com a análise de variância. Os efeitos significativos da antropização na estruturação das comunidades algais do litoral norte do estado também foram detectados por meio de uma PERMANOVA. A beta-diversidade presente neste trabalho, representada quantitativamente demonstrou os valores superiores encontrados no ambiente menos impactado, através do número superior de indivíduos por praia, motivada por sua maior biomassa relativa de algas calcárias.Abstract : The pollution can provide changes in richness (alpha diversity), biomass and general composition (beta diversity) of biological communities. Nutrient entrance and light penetration changes can be considered as the main processes which affect macroalgae growth rates and also impact community structures. This scenario may result in species composition shift, with opportunistic species becoming dominants. This study aimed to analyse the differences in structural patterns of benthic macroalgal communities in different habitats with high or less impact degree in Santa Catarina coast, Brazil, in accordance with data collected in the summer at different beaches. Quantitative sampling of algae was done by complete removal of species attached to rocky shores. The area of sampling was determined by PVC quadrats with 30 x 30 cm. 15 quadrats were collected by beach. 52 species were identified, distributed among phylum Rhodophyta, Chlorophyta and Ochrophyta (only Phaeophyceae Class). Biomass and richness varied significatively among different beaches. If considering only biomass, environments more impacted showed lower biomass than those less impacted (in accordance to ANOVA results). Anthropic effects on algal community structures were detected by PERMANOVA. The quantitative beta-diversity observed in this study showed higher values in less impacted environments, with more individuals per beach, motivated by their highest calcareous species relative biomass