thesis

Jorge Amado e a renúncia biográfica: 1941-1942

Abstract

TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Comunicação e Expressão.Curso de Licenciatura e Bacharelado em Língua Portuguesa e Literaturas em Língua PortuguesaEste Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo analisar as obras do espaço biográfico Cadernos de Literatura Brasileira: Jorge Amado, do Instituto Moreira Salles, e Navegação de Cabotagem, de Jorge Amado, no que se refere aos anos de 1941 e de 1942, uma vez que este período corresponde ao tempo em que o autor autoexilou-se na Argentina e no Uruguai, tanto para escrever uma biografia do líder comunista Luís Carlos Prestes, quanto para fugir do repressivo Estado Novo de Getúlio Vargas, tendo em vista sua qualidade de militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Esta investigação é oriunda da constatação de que o intervalo de tempo 1941-1942 tornou-se lacunar na biografia do autor, na medida em que não se encontraram registros documentais que pudessem esclarecer esta passagem de vida; aliado a isso, soma-se o fato de Jorge Amado negar-se falar do autoexílio em virtude do que declarou ser um comprometimento ético com aqueles que, assim como ele, militaram pela causa comunista. A proposta de investigar os discursos das construções narrativas mencionadas parte da minha inserção no Núcleo de Literatura e Memória (nuLIME) da UFSC, quando fui selecionada como pesquisadora no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), e assim pude ter conhecimento de um acervo literário que foi doado à professora Drª Tânia Regina Oliveira Ramos, coordenadora do nuLIME, no ano de 2011 no qual constam mais de mil páginas de documentos que contextualizam e tratam da vida e da produção literária de Jorge Amado justamente nos anos de 1941 e de 1942.This final paper aims to analyze the biographical space of Cadernos de Literatura: Jorge Amado, a work of Instituto Moreira Salles, and Navegação de Cabotagem, a Jorge Amado’s book, in their relation with the period between 1941 and 1942. These years coincide with the author’s self-exile in Argentina and Uruguay, when he intended to write a biography of Luís Carlos Prestes, the communist leader, and to escape from a dictatorship, known as Estado Novo, because his connection with the leftist party Partido Comunista Brasileiro (PCB). This investigation begins with the idea that there is a gap in the author’s biography when it refers the 1941-42 period; it has been said because there is no documentation which could clarify this part of his life. To this gap it’s added the Jorge Amado’s resistance to talk about his self-exile beneath the allegation of an ethical dilemma involving who, as him, were militants for the communist cause. The proposal of researching the narratives’ construction mentioned above started with my participation in the Núcleo de Literatura e Memória (nuLIME), from UFSC, when I was selected by the Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) and, then, came to know the literary collection donated to the professor Tânia Regina Oliveira Ramos, nuLIME’s coordinator, in 2011. The collection contained past a thousand pages of documents capable to contextualize Jorge Amado’s life and literary production precisely in the years 1941 and 1942, his less documented part of life

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