thesis

Gramaticalização e variação de acho (que) e parece (que) na fala de Florianópolis

Abstract

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Lingüística.Estudos recentes (Galvão 2002, Dall'Aglio-Hattnher et alii,2001), apontam para a possibilidade de surgimento de um sistema marcas evidenciais no português brasileiro, via gramaticalização. Pretendo caracterizar os usos das construções acho (que) e parece (que) retratando o momento em que as duas formas desempenham a mesma função semântico-discursiva na fala de Florianópolis: a de marcadores de dúvida. A análise está dividida em dois momentos: gramaticalização, de verbos + complemento oracional a marcadores de opinião e percepção e a marcadores de dúvida, e o uso variável no desempenho da função de marcador de dúvida. Os pressupostos do Paradigma Funcional da Gramaticalização e da Teoria da Variação dão suporte para a análise do processo de variação e mudança pelos quais passam as formas acho (que) e parece (que). Apesar da possibilidade de intercâmbio das formas, acho (que) e parece (que) tendem a ser utilizados em contextos específicos, condicionados por traços semântico-discursivos, indicando o rumo da especialização, o que vai ao encontro à hipótese geral de que as formas estão se gramaticalizando como marcadores de origem da informação e entrando em um paradigma de evidencialidade

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