Alma corpo ação: disciplinarização versus resistência através do teatro num grupo de usuários de um serviço de saúde mental

Abstract

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em PsicologiaEste trabalho busca analisar as possibilidades de autonomização de vida de usuários de um serviço de saúde mental, através do teatro. Parte de uma contemporaneização da discussão sobre a loucura/doença mental, situando criticamente a temática como construção histórica e cultural, para caracterizá-la (a loucura) como território de práticas e discursos em que incidem os dispositivos de saúde mental, de modo disciplinar e controlador. Como efeito, tem-se a produção de corpos-e-almas medicados e apassivados, que se inserem nas atividades teatrais, caracterizando-se pela lentidão e (aparente) inércia. É feita uma crítica à idéia de autonomia como concebida a priori e vinculada à atividade, e conclui-se estabelecendo a modalidade de inserção do teatro na vida dos usuários deste serviço de saúde mental como criadora de uma abertura a novas possibilidades, principalmente a inserção em novos espaços que não os circunscritos aos dispositivos de saúde mental (tratamentos)

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