Abstract

As crenças em saúde podem influenciar na adesão ao tratamento da hipertensão arterial. Estimar o percentual de crenças em saúde sobre barreiras e benefícios quanto às medidas de prevenção e controle da hipertensão arterial e conhecer os fatores sociodemográficos associados a essas crenças foi o objetivo deste estudo descritivo-exploratório, que adotou como referencial teórico o Modelo de Crenças em Saúde. Foi realizado em um centro de saúde em Salvador, com 106 adultos, autodeclarados negros e com diagnóstico médico de hipertensão arterial. Para a entrevista, utilizou-se uma Escala de Crenças em Saúde sobre treze comportamentos relacionados às medidas de prevenção e controle da doença. Para análise dos dados, utilizaram-se índices percentuais, freqüência de casos, escores e a razão de prevalência. Os testes estatísticos foram verificados no nível de 5% de significância. A análise global mostrou predomínio da categoria "crenças sobre benefícios" para doze comportamentos de saúde. Homens e mulheres perceberam diferentemente benefícios para esses comportamentos e constatou-se uma tendência à percepção de menos benefícios quanto às medidas de prevenção e controle da hipertensão arterial em estratos socioeconômicos menos favorecidos, adultos jovens e pessoas sem companheiro.Health beliefs can interfere with the adherence to arterial hypertension therapy. The aim of this descriptive-exploratory study that adopted the Model of Health Beliefs as a theoretical reference was to estimate percentages of health beliefs about the benefits of prevention and control measures of arterial hypertension and to identify the social-demographic factors associated with these beliefs. The study was conducted in a Health Center in the city of Salvador, with 106 adults self- declared as black, and with a medical diagnosis of arterial hypertension. For the interviews we used a "Scale of Health Beliefs" about 13 behaviors related to disease prevention and control measures. The data analysis was based on percentage rates, frequency of cases and scores and the social-demographic factors associated to these beliefs were analyzed based on the prevalence rate. The global analysis showed predominance in the category "beliefs about benefits" for 12 behaviors. Men and women realized different benefits from these behaviors. The socio-economically less favored strata, young adults and individuals living without a partner tended to perceive less benefits from the prevention and control measures of arterial hypertension

    Similar works

    Full text

    thumbnail-image

    Available Versions

    Last time updated on 19/03/2019