Warfarin is one of the most widely used oral anticoagulants for the prevention of thromboembolic events in conditions such as atrial fibrillation, venous thromboembolism and prosthetic heart valves. Despite its effectiveness, the main adverse effect associated with its use is the risk of bleeding. This risk is influenced by factors such as the INR (International Normalized Ratio) level, the patient's clinical conditions, concomitant use of drugs that affect coagulation and the duration of treatment. High INR values, particularly above 4, substantially increase the risk of serious bleeding, especially in elderly patients or those with a history of coagulopathies, gastrointestinal bleeding, malignant neoplasms or renal failure. The use of drugs such as nonsteroidal anti-inflammatory drugs, acetylsalicylic acid and others that interfere with platelet function further aggravates the bleeding risk. Discontinuation of warfarin is often considered before surgical interventions to minimize the risk of bleeding. However, this may expose patients to an increased risk of thromboembolic events, since the antithrombotic effect of warfarin takes, on average, four days to wear off and a similar time to recover after restarting treatment. Low-risk bleeding procedures, such as most oral surgeries, have been shown to be safe without stopping the anticoagulant, as long as the INR remains within the therapeutic range. Conversely, in higher-risk situations, such as major ophthalmic surgeries or retrobulbar anesthesia, treatment interruption may be necessary. For patients at high risk of thromboembolism, such as those with mechanical prosthetic valves or hypercoagulable states, bridging therapy with heparin may be indicated. This strategy reduces the time the patient remains without antithrombotic protection and minimizes serious complications. Studies show that thromboembolic complications, including fatal events, are more severe and frequent than hemorrhages in many cases, reinforcing the need for a detailed analysis of the risks and benefits before discontinuing warfarin. In summary, the decision to interrupt, maintain or replace warfarin should be individualized and consider the type of procedure, the hemorrhagic risk and the clinical profile of the patient. Maintenance treatment is generally safe in low-risk surgeries, while more cautious approaches, such as bridging therapy, are reserved for situations of high thromboembolic risk.A varfarina é um dos anticoagulantes orais mais utilizados para a prevenção de eventos tromboembólicos em condições como fibrilação auricular, tromboembolismo venoso e próteses valvulares cardíacas. Apesar de sua eficácia, o principal efeito adverso associado ao seu uso é o risco de hemorragia. Este risco é influenciado por fatores como o nível de INR (International Normalized Ratio), condições clínicas do paciente, uso concomitante de medicamentos que afetam a coagulação e a duração do tratamento. Valores elevados de INR, particularmente acima de 4, aumentam substancialmente o risco de hemorragia grave, especialmente em pacientes idosos ou com histórico de coagulopatias, hemorragias gastrointestinais, neoplasias malignas ou insuficiência renal. O uso de medicamentos como anti-inflamatórios não esteroides, ácido acetilsalicílico e outros que interferem na função plaquetária agrava ainda mais o risco hemorrágico.A interrupção da varfarina é frequentemente considerada antes de intervenções cirúrgicas para minimizar o risco de sangramento. No entanto, isso pode expor os pacientes a um aumento do risco de eventos tromboembólicos, já que o efeito antitrombótico da varfarina demora, em média, quatro dias para desaparecer e um tempo semelhante para ser retomado após o reinício do tratamento. Procedimentos de baixo risco de sangramento, como a maioria das cirurgias orais, demonstraram ser seguros sem a interrupção do anticoagulante, desde que o INR permaneça dentro do intervalo terapêutico. Por outro lado, em situações de maior risco, como cirurgias oftalmológicas maiores ou anestesias retrobulbares, a interrupção do tratamento pode ser necessária.Para pacientes com alto risco de tromboembolismo, como aqueles com próteses valvulares mecânicas ou estados de hipercoagulabilidade, a terapia ponte com heparina pode ser indicada. Essa estratégia reduz o tempo em que o paciente permanece sem proteção antitrombótica e minimiza complicações graves. Estudos mostram que complicações tromboembólicas, incluindo eventos fatais, são mais graves e frequentes do que hemorragias em muitos casos, reforçando a necessidade de uma análise detalhada dos riscos e benefícios antes da suspensão da varfarina.Em resumo, a decisão de interromper, manter ou substituir a varfarina deve ser individualizada e considerar o tipo de procedimento, o risco hemorrágico e o perfil clínico do paciente. A manutenção do tratamento é geralmente segura em cirurgias de baixo risco, enquanto abordagens mais cautelosas, como a terapia ponte, são reservadas para situações de alto risco tromboembólico