Valvopatias mitrais: fisiopatologia, diagnóstico e manejo clínico no contexto brasileiro

Abstract

As valvopatias mitrais, incluindo a estenose mitral (EM) e a insuficiência mitral (IM), são condições de significativa importância clínica no Brasil, onde a febre reumática ainda é uma das principais causas de EM. A fisiopatologia dessas disfunções envolve sobrecarga de pressão ou volume no coração, resultando em hipertrofia ventricular e remodelação atrial. A EM leva a hipertensão pulmonar e pode predispor à fibrilação atrial, enquanto a IM crônica evolui insidiosamente, eventualmente comprometendo a função ventricular. O diagnóstico se baseia principalmente no ecocardiograma transtorácico, com o ecocardiograma transesofágico sendo utilizado em casos complexos. O manejo dessas condições depende da gravidade e dos sintomas, variando desde o tratamento conservador e monitoramento regular até intervenções percutâneas ou cirúrgicas. A reparação valvar é preferível à substituição, especialmente na IM, devido à preservação da função cardíaca e menor risco de complicações a longo prazo. A compreensão detalhada dessas condições e o tratamento precoce são fundamentais para melhorar os resultados clínicos dos pacientes

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