Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro
Abstract
The article analyzes the relationship between gender, race, and class intersectionality and basic sanitation, focusing on water insecurity and highlighting socio-spatial and environmental segregation in the city of São Paulo. The justification lies in the fact that socio-spatial inequalities, the fragmentation of care, and the privatization of public services have been making access to basic environmental sanitation increasingly precarious, thus rendering it an urgent matter for discussion. In this article, historical-dialectical materialism was adopted as the theoretical-methodological framework. A qualitative-quantitative analysis was conducted using statistical techniques and geoprocessing. As women are held responsible for reproductive and care work in the family routine, they are more directly and indirectly affected by the illness of family members caused by the lack of sanitation. They are also more affected by water insecurity, as household tasks require water usage. Therefore, socio-spatial segregation and the absence of basic sanitation, determined by ethnic-racial and class markers, predominantly impact Black women, revealing the racist, classist, and patriarchal nature of the socio-environmental inequalities present in urban space in São PauloEl artículo analiza la relación entre la interseccionalidad de género, raza y clase y el saneamiento básico, con énfasis en la inseguridad hídrica, destacando la segregación socioespacial y ambiental en la ciudad de São Paulo. La justificación radica en que las desigualdades socioespaciales, la atomización de los cuidados y la privatización de los servicios públicos han hecho que el acceso al saneamiento ambiental básico sea cada vez más precario y, por tanto, un debate urgente. En este artículo se adoptó como aporte teórico-metodológico el materialismo histórico-dialéctico. Con esto se realizó un análisis cuali-cuantitativo mediante técnicas estadísticas y de geoprocesamiento. Al ser las mujeres las responsables del trabajo reproductivo y de cuidados en la rutina familiar, se ven más afectadas, directa e indirectamente, por las enfermedades de los miembros del grupo familiar provocadas por la falta de saneamiento. También se ven más afectados por la inseguridad hídrica, ya que las tareas domésticas utilizan agua. Así, la segregación socioespacial y la ausencia de saneamiento básico, determinada por marcadores étnico-raciales y de clase, afectan principalmente a las mujeres negras, revelando el carácter racista, clasista y patriarcal de las desigualdades socioambientales presentes en el espacio urbano de São Paulo.O artigo analisa a relação entre interseccionalidade de gênero, raça e classe e insegurança hídrica, evidenciando a segregação socioespacial e ambiental na cidade de São Paulo. A justificativa reside no fato de que as desigualdades socioespaciais, a atomização do cuidado e a privatização dos serviços públicos vêm tornando o acesso ao saneamento ambiental básico cada vez mais precário, e, portanto, um debate urgente. Foi utilizada uma metodologia quali-quantitativa que faz uso de métodos estatísticos e de geoprocessamento. Como as mulheres são responsabilizadas pelos trabalhos reprodutivo e de cuidados na rotina familiar, acabam sendo, também, responsáveis pela gestão hídrica doméstica, tendo em vista a necessidade de água para a realização dessas tarefas. Assim, a segregação socioespacial e a ausência de saneamento básico, marcadas pelos fatores étnico-raciais e de classe, afetam principalmente as mulheres, revelando o caráter racista e patriarcal das desigualdades socioambientais presentes no espaço urbano em São Paulo