Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
Doi
Abstract
Nas últimas décadas tem havido uma preocupação muito grande com o tipo de desenvolvimento que vem sendo implementado pelos governos. A partir daí, criou-se a
noção de desenvolvimento sustentável, o qual se baseia em um crescimento econômico que seja acompanhado por eqüidade social e prudência ecológica. Em muitos projetos de
assentamentos têm sido desenvolvidos pesquisas com o objetivo de analisar como vem se processando tais experiências. Nossa investigação teve como meta verificar os impactos sócio-ambientais trazidos a partir do uso da caatinga no assentamento Hipólito, no município de Mossoró, no Oeste do RN. Preocupou-nos saber se naquele projeto de
assentamento tem ocorrido um desenvolvimento local, baseado em critérios de sustentabilidade. A metodologia empregada foi a realização de entrevistas com 29
assentados, o que corresponde a 20% da população total do assentamento, além de leituras de outros trabalhos e artigos de jornais. O trabalho está em fase de conclusão, porém a
partir de estudos de campo, realizados no mês de agosto de 2004, podemos apresentar os seguintes resultados: quanto ao aspecto sócio-econômico, os assentados têm na agricultura
de sequeiro a atividade econômica principal; a produtividade é baixa e a renda é complementada com “bicos”, aposentadorias e/ou com o dinheiro advindo dos planos de
assistência social do Governo Federal; a agricultura é realizada sem os devidos cuidados com o meio ambiente, e o desmatamento desordenado tem agravado ainda mais os
problemas presentes no bioma caatinga, tais como salinização, a desertificação e o desaparecimento de espécies da fauna e da flora. Face ao exposto, podemos concluir que a
realidade observada no assentamento aponta para a insustentabilidade sócio-econômica e ambiental naquela área.
Palavras-chave: sustentabilidade; caatinga; assentamento; desenvolvimento rural; desenvolvimento local