Abstract

Sintomas de podridão de grãos da soja têm sido relatados na região médio norte do estado de Mato Grosso e em Rondônia, a partir da safra 2018/2019, com severidades variadas entre as safras e cultivares. A podridão de grãos é observada a partir do início do enchimento de grãos, estádio R5. Externamente, as vagens podem apresentar sintomas de encharcamento e/ou escurecimento, sem abertura visível e quando abertas, apresentam apodrecimento dos grãos. A presença de vagens sintomáticas e os grãos apodrecidos ocorrem de forma aleatória na planta e na vagem, respectivamente, não necessariamente acometendo todos os grãos (Kudlawiec et al., 2023). As primeiras áreas infectadas com plantas sintomáticas foram observadas em pequenas áreas na safra de 2018/2019, e desde então a área atingida e as perdas em produtividade apresentaram um aumento significativo. Os fungos que predominam nos isolamentos a partir dos grãos e vagens (com e sem sintomas) são diferentes espécies de Diaporthe, Fusarium, Colletotrichum e, em algumas safras, também foi observada alta incidência de mancha-púrpura nos grãos, causada por Cercospora spp. Na soja, fungos dos gêneros Phomopsis/Diaporthe causam várias doenças, entre elas a podridão de grãos, na qual o principal dano é a má qualidade de grãos e sementes, com redução na germinação e emergência de plântulas. Os fatores que desencadeiam a maior frequência de apodrecimento de grãos por esses patógenos nessas regiões ainda estão em estudo (Kudlawiec et al., 2023). Observações de campo em Mato Grosso sugerem a presença de variabilidade genética das cultivares de soja para a podridão; entretanto, estudos mais detalhados ao nível de campo, visando avaliar a reação de cultivares de soja à podridão, ainda não foram realizados. O objetivo deste trabalho foi avaliar cultivares de soja para reação à podridão de grãos de soja

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