AS AVENTURAS DE NGUNGA E O PAPEL DA VIAGEM PARA DE(S)COLONIZAÇÃO DE SUA MENTE

Abstract

The Adventures of Ngunga (1972), by angolan writer Pepetela, tells the story of an orphan boy who becomes a man while traveling through the kimbos of an Angola in the throes of an anti-colonial war. The narrative follows the physical displacement of a child insofar as it also reveals him as a protagonist who makes the road he travels the space for the exercise of a nomadic thought of an immanent nature, which enables him to form a free conscience. The adventures take place precisely on his journey, and as he travels he realizes the importance of undertaking his own thinking. In this article, I propose looking at Ngunga as a character capable of aestheticizing his own existence by promoting a guerrilla war of thought against its hegemony, capable of applying Deleuzian nomadology as a resource for decolonizing himself and freeing his conscience, as Franz Fanon wanted.As Aventuras de Ngunga (1972), do angolano Pepetela, conta a história de um garoto órfão que se faz homem enquanto viaja pelos kimbos de uma Angola em guerra anticolonial. A narrativa acompanha a deslocação física de uma criança na medida em que o revela também como um protagonista que faz do caminho percorrido o espaço para o exercício de um pensamento nômade de natureza imanente, que lhe possibilita formar uma consciência livre. As aventuras acontecem justamente na sua jornada, e enquanto transita percebe a importância de empreender o próprio pensamento. Neste artigo, proponho olhar para Ngunga como uma personagem capaz de estetizar a própria existência, promovendo uma guerrilha do pensamento contra a hegemonia do mesmo, capaz de aplicar a nomadologia deleuziana como recurso para descolonizar a si próprio e libertar sua consciência, como desejava Franz Fanon

    Similar works