Realidade virtual no controlo da dor na criança / jovem submetidos a procedimentos dolorosos em contexto hospitalar : uma revisão scoping

Abstract

Enquadramento: A realidade virtual é uma intervenção não farmacológica que utiliza uma tecnologia imersiva de distração, otimizando a capacidade de o utente pediátrico experienciar a dor durante a realização de procedimentos médicos invasivos e dolorosos. Objetivo: Mapear as evidências científicas existentes sobre a utilização da realidade virtual como intervenção não farmacológica no controlo da dor na criança/jovem em procedimentos dolorosos, em contexto hospitalar. Métodos: Revisão scoping, tendo por base a metodologia proposta pelo Joanna Briggs Institute. Pesquisaram-se estudos entre fevereiro e março de 2023, nos idiomas português, inglês, espanhol, italiano e francês, independentemente do ano de publicação, nas bases de dados PubMed, LILACS, B-ON, CINAHL Complete, MEDLINE Complete, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, Cochrane Central Register of Controlled Trials e MedicLatina e também no RCAAP. Dos 738 estudos selecionados inicialmente, foram incluídos 10 estudos na revisão. A seleção dos estudos, a extração e síntese dos dados foram realizados por dois revisores independentes. Resultados: Os estudos incluídos publicados entre 2018 e 2023, revelam que as evidências que sustentam a utilização da realidade virtual no controlo da dor na criança/jovem submetidos a procedimentos dolorosos em contexto hospitalar, são promissoras e os resultados são relevantes para a sensibilização das equipas de saúde. A sua utilização evidencia ser eficaz na redução da intensidade da dor, permitindo uma melhor tolerância à dor e desta forma adquire-se uma melhor colaboração da criança e jovem e por vezes uma redução do tempo efetivo para a realização dos procedimentos. Conclusão: Os resultados apresentados demonstram que a realidade virtual tem o potencial de ser uma alternativa não farmacológica segura, eficaz, divertida e valiosa para controlo da dor, contribuindo para a implementação de práticas de enfermagem de excelência. A relevância do tema evidencia a necessidade de pesquisas, sobre a utilização da realidade virtual mais imersiva para controlo da dor na área pediátrica durante a realização de procedimentos dolorosos e impulsiona a sua utilização nos diversos contextos hospitalares, com a elaboração de protocolos devidamente fundamentados. Palavras-chave: realidade virtual; criança; adolescente; pediatria; dor; controlo da dor; dor, procedimento; hospitalização; hospitalar; doentes internados.Abstract Background: Virtual reality is a non-pharmacological intervention that uses an immersive distraction technology, optimizing the pediatric patient's ability to experience pain during invasive and painful medical procedures. Objective: To map the existing scientific evidence on the use of virtual reality as a nonpharmacological intervention in pain control in children/young people in painful procedures, in a hospital setting. Methods: Scoping review, based on the methodology proposed by the Joanna Briggs Institute. Studies were searched between February and March 2023, in Portuguese, English, Spanish, Italian and French, regardless of the year of publication, in the PubMed, LILACS, B-ON, CINAHL Complete, MEDLINE Complete, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, Cochrane Central Register of Controlled Trials and MedicLatina databases and also in RCAAP. Of the 738 studies initially screened, 10 studies were included in the review. Study selection, data extraction and synthesis were performed by two independent reviewers. Results: The included studies published between 2018 and 2023, reveal that the evidence supporting the use of virtual reality in pain control in children/young people undergoing painful procedures in a hospital setting, is promising and the results are relevant for the awareness of health teams. Its use proves to be effective in reducing the intensity of pain, allowing a better tolerance to pain and thus acquiring a better collaboration of the child and young person and sometimes a reduction in the effective time to perform the procedures. Conclusion: The results presented show that virtual reality has the potential to be a safe, effective, fun and valuable non-pharmacological alternative for pain control, contributing to the implementation of excellent nursing practices. The relevance of the topic highlights the need for research on the use of more immersive virtual reality for pain management in the pediatric area during the performance of painful procedures and encourages its use in various hospital settings, with the elaboration of duly substantiated protocols. Keywords: virtual reality; child; adolescent; pediatrics; pain; pain management; pain, procedural; hospitalization; hospitals; inpatients

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