Conhecimentos e atitudes dos pais perante a febre dos filhos

Abstract

A febre é uma das queixas mais frequentes em saúde infantil, levando muitos pais a consultar o médico de família ou os serviços de urgência. Embora saibam medir e tratar a febre, temem-na, com receio de doenças graves ou até mesmo convulsões. Numerosos estudos internacionais efectuados com pais de crianças pequenas e em idade pré-escolar, mostraram uma concepção generalizada: fever phobia a qual, conduz frequentemente a atitudes terapêuticas agressivas e inapropriadas. Foram inquiridos 160 pais, num estudo não randomizado, visando percepcionar conhecimentos, atitudes e receios dos pais acerca da febre dos filhos e do seu tratamento. 76,88% dos pais consideram febre a partir dos 37,5ºC, tratando a criança apenas quando a temperatura atinge 38ºC (64,38%). O paracetamol (acetaminofeno) foi considerada a droga de escolha (89,94%). 81,88% dos pais receiam convulsões, o que se traduz na verificação nocturna da temperatura (84,3%) e procura de cuidados médicos (37,5%). A maior parte dos pais (66,25%) consideram o profissional de saúde como a principal fonte de informação. Uma melhor percepção dos conhecimentos e atitudes dos pais poderá facilitar a comunicação, adequando os programas de educação dirigidos à população. Requererá contudo, esforço no aperfeiçoamento das informações veiculadas pelos profissionais de saúde: definição adequada da febre, das suas consequências e do seu tratamento

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