Grupo de Estudos e Pesquisas em História das Bibliotecas de Ensino Superior – GEPHIBES/IFS/CNPq
Abstract
No Brasil, nos séculos XIX e XX, os homens pertencentes às classes sociais mais abastadas frequentemente ocupavam profissões prestigiosas, como a Medicina, Direito e Engenharia. Além de suas atividades profissionais, esses homens também dedicavam-se aos aspectos culturais e intelectuais, alimentando seus interesses pessoais no campo da arte e da erudição. Essa dedicação às atividades humanísticas resultou na formação de diversos acervos pessoais de relevância social, destacando-se pelo seu envolvimento com as artes e a cultura. Gomes e Hansen (2016) atribuem a esses homens o papel de "intelectuais mediadores", considerando-os como "guardiões da memória" por acumularem objetos e produzirem registros sobre aspectos sociais do seu contexto histórico. Neste artigo, iremos explorar dois médicos que exemplificam essa realidade: José Simeão Leal e Humberto Carneiro da Cunha Nóbrega. Embora tenham seguido carreiras médicas ao longo de suas vidas, eles construíram, por meio de seus arquivos pessoais, um acervo cultural de valor significativo