Fruto Juçara (Euterpe edulis Martius): efeito da ingestão sobre biomarcadores do estresse oxidativo, fadiga e desempenho em ciclistas treinados

Abstract

Apresentação relatório PIBIC (Programa de Pós-Graduação em Nutrição) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Curso de Graduação em Farmácia.O fruto juçara provém da palmeira Euterpe edulis Martius (Arecaceae), palmeira tropical nativa da Mata Atlântica. A presença de ácidos graxos monoinsaturados e compostos bioativos, especialmente antocianinas, é o que chama a atenção dentre as propriedades nutricionais do fruto juçara. As antocianinas são associadas a benefícios para saúde, reduzindo o estresse oxidativo e fadiga e melhorando o desempenho. O estudo teve como objetivo avaliar o efeito do consumo do fruto juçara em pó, por sete dias, sobre biomarcadores de estresse oxidativo, fadiga e desempenho em ciclistas treinados. Em um ensaio clínico randomizado, placebo controlado, cruzado e triplo cego, 20 ciclistas treinados consumiram 10g de fruto juçara em pó (240 mg de antocianinas) ou placebo durante sete dias. Amostras de sangue venoso e capilar foram coletadas para avaliar os biomarcadores de estresse oxidativo e o lactato sanguíneo, respectivamente. Um sprint foi realizado para avaliar o índice de fadiga. O tempo médio de duração do teste até a exaustão foi 8,4 ± 6,0% (63 ± 17 s) maior no grupo fruto juçara em pó (751 ± 283 s) comparado ao grupo placebo (688 ± 266 s) P < 0,019. A análise de variância para medidas repetidas de duas vias mostrou um aumento de glutationa reduzida (GSH) (P = 0,049) em T0 (P = 0,039) e T1 (P = 0,029) no grupo fruto juçara em pó em comparação com o grupo placebo. Um tamanho de efeito moderado foi observado na GSH em T0 (d = 0,61) e T1 (d = 0,57). O consumo do fruto melhorou o desempenho e aumentou as concentrações de GSH, mas não teve efeito sobre lactato, fadiga, fenóis totais, proteínas carboniladas e glutationa peroxidase. O maior tempo do teste até a exaustão no grupo fruto juçara em pó indica um adiamento da contribuição dos mecanismos de fadiga. Dentre as atividades realizadas pela bolsista destacam-se: treinamento de técnicas, levantamento bibliográfico, coletas sanguíneas dos participantes, preparação de reagentes e análises dos biomarcadores de estresse oxidativo

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