Sequência rápida de intubação na emergência - paciente suspeito de COVID19

Abstract

Introdução: O COVID-19 possui como uma das principais características o acometimento pulmonar, podendo gerar quadros de pneumonias virais em pacientes graves, que poderão necessitar de intubação orotraqueal para a estabilidade clínica do seu quadro. Contudo durante o procedimento para acesso das vias aéreas desses pacientes podem ser gerados aerossóis, colocando em risco a saúde dos profissionais de saúde que realizam o procedimento. Objetivo: Revisar as principais publicações realizadas até o presente momento sobre a sequência rápida de intubação em pacientes suspeito de COVID-19, descrevendo as melhores evidências para a execução deste procedimento de forma segura. Metodologia: O presente estudo constitui-se de uma revisão de literatura realizada com artigos publicados em 2020 e com o Protocolo para intubação orotraqueal em pacientes suspeitos de COVID-19 realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência em conjunto com Associação de Medicina Intensiva Brasileira. As bases de dados utilizadas foram: PubMed e Google Scholar. As palavras-chave utilizadas na busca foram: ‘Sequência Rápida de Intubação”, “Intubação”, “COVID-19”, “SARCOV-2”, “Intubation”. Resultados e Discussão: Dos pacientes infectados pelo novo coronavírus, 5 a 26% necessitam de internação em Unidade de terapia intensiva para tratamento respiratório. Dentre esses, cerca de 3,2% dos pacientes infectados precisaram de intubação e ventilação invasiva durante a doença. Para que seja realizada a intubação orotraqueal são necessários Equipamento de Proteção Individual (EPIs). Todo material de intubação é preparado fora da área de risco de contaminação e o ventilador mecânico programado com os parâmetros iniciais da ventilação. A utilização de EPIs e seguir o protocolo de proteção são medidas de extrema importância. Na China, estima-se que cerca de 3,5% dos profissionais de saúde foram infectados com COVID-19, e sua taxa de mortalidade foi de cerca de 0,3%. O preconizado é a utilização da sequência rápida de intubação. A utilização de videolaringoscópios propicia  maior segurança, possibilitando que o intubador fique mais afastado da via aérea, sem comprometer a visualização. Durante o procedimento é  importante que se conecte o sistema de aspiração fechado ao respirador e que faça uma pré-oxigenação no paciente. Se possível, evitar a ventilação assistida devido a produção de aerossol. Após a intubação, a confirmação da localização do tubo deve ser feita através da capnografia, evitando o uso do dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara e estetoscópio pelos riscos de contaminação e pela menor eficácia. Os fármacos utilizados incluem Lidocaína que vai atuar inibindo os reflexos laríngeos e dando uma maior potência de ação aos outros fármacos. Cetamina, anestésico dissociativo,que apresenta ações broncodilatadoras com grande  estabilidade hemodinâmica. Succinilcolina ou Rocurônio, bloqueadores neuromusculares que relaxam a musculatura esquelética e facilitam a intubação, evitando também que o paciente tenha tosse durante o processo. Midazolam e Fentanil são utilizados para sedação e analgesia logo após a intubação. Conclusão: A sequencia rápida de intubação é cada vez mais realizada nas emergências devido a atual pandemia do COVID19. No intuito de diminuir a contaminação dos profissionais de saúde protocolos foram criados. O uso de EPIs, videolaringoscópio e a não ventilação fazem parte das medidas preconizadas.&nbsp

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