A pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar diferentes doses de giberelina na emergência de plântulas de urucum e realizado no viveiro de mudas do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Santa Teresa, submetendo as sementes aos seguintes tratamentos: imersão por 30 minutos em: água (testemunha); solução de giberelina a 1.000 mg.L-1, 2.000 mg.L-1, 3.000 mg.L-1 e 4.000 mg.L-1. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), com 5 tratamentos e quatro repetições, com cada unidade experimental composto de 25 sementes, semeadas em tubetes de 280 mL. Após 30 dias do início da germinação, foi avaliada a porcentagem de emergência (E), índice de velocidade de germinação (IVE) e tempo médio de emergência (TME). O tratamento com giberelina na dosagem de 4.000 mg.L-1 apresentou o melhor resultado para emergência em plântulas de urucuzeiro, podendo este tratamento ser recomendado para esta espécie

Correa, Angélica Couto

Fernandes, Antônio Resende

Grobério, Rafaela Barreto Cazaroto

Neto, Antônio Carlos Borsoi

Paixão, Marcus Vinicius Sandoval

Pancieri, Carlos Avelino de Sousa

Portuguese

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Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 70927   Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.11, p. 70927-70932, nov., 2022  Ácido Giberélico na emergência de plântula de Urucuzeiro  Giberellic acid in the emergency of Urucuzeiro seedling  DOI:10.34117/bjdv8n11-012  Recebimento dos originais: 04/10/2022 Aceitação para publicação: 01/11/2022  Angélica Couto Correa Graduanda em Saneamento Ambiental pelo Instituto Federal do Espírito Santo Instituição: Instituto Federal do Espírito Santo Endereço: Rodovia Armando Martinelli, Km 20, São João de Petrópolis, Santa  Teresa - ES, CEP: 29660-000 E-mail: angelicacoutocorrea@gmail.com  Rafaela Barreto Cazaroto Grobério Graduando em Agronomia pelo Instituto Federal do Espírito Santo Instituição: Instituto Federal do Espírito Santo Endereço: Rodovia Armando Martinelli, Km 20, São João de Petrópolis, Santa  Teresa - ES, CEP: 29660-000 E-mail: rafaelacazaroto@gmail.com  Antônio Carlos Borsoi Neto Graduando em Agronomia pelo Instituto Federal do Espírito Santo Instituição: Instituto Federal do Espírito Santo Endereço: Rodovia Armando Martinelli, Km 20, São João de Petrópolis, Santa Teresa - ES, CEP: 29660-000 E-mail:  antonioborsoiif@gmail.com  Carlos Avelino de Sousa Pancieri Graduando em Agronomia pelo Instituto Federal do Espírito Santo Instituição: Instituto Federal do Espírito Santo Endereço: Rodovia Armando Martinelli, Km 20, São João de Petrópolis, Santa  Teresa - ES, CEP: 29660-000 E-mail: kalpancieri123@gmail.com  Antônio Resende Fernandes Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa Instituição: Universidade Federal de Viçosa Endereço: Rodovia Armando Martinelli, Km 20, São João de Petrópolis, Santa  Teresa - ES, CEP: 29660-000 E-mail: Aresendefernandes@gmail.com   Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 70928   Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.11, p. 70927-70932, nov., 2022  Marcus Vinicius Sandoval Paixão Doutor em Produção Vegetal pela Universidade Estadual Norte Fluminense Instituição: Universidade Estadual Norte Fluminense Endereço: Rodovia Armando Martinelli, Km 22, São João de Petrópolis, Santa  Teresa - ES, CEP: 29660-000 E-mail: mvspaixao@gmail.com  RESUMO A pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar diferentes doses de giberelina na emergência de plântulas de urucum e realizado no viveiro de mudas do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Santa Teresa, submetendo as sementes aos seguintes tratamentos: imersão por 30 minutos em: água (testemunha); solução de giberelina a 1.000 mg.L-1, 2.000 mg.L-1, 3.000 mg.L-1 e 4.000 mg.L-1. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), com 5 tratamentos e quatro repetições, com cada unidade experimental composto de 25 sementes, semeadas em tubetes de 280 mL. Após 30 dias do início da germinação, foi avaliada a porcentagem de emergência (E), índice de velocidade de germinação (IVE) e tempo médio de emergência (TME). O tratamento com giberelina na dosagem de 4.000 mg.L-1 apresentou o melhor resultado para emergência em plântulas de urucuzeiro, podendo este tratamento ser recomendado para esta espécie.  Palavras-chave: semente, hormônio, viveiro.  ABSTRACT The research was carried out with the objective of evaluating different doses of gibberellin in the emergence of annatto seedlings and carried out in the seedling nursery of the Federal Institute of Espírito Santo - Campus Santa Teresa, submitting the seeds to the following treatments: immersion for 30 minutes in: water (witness); gibberellin solution at 1,000 mg.L-1, 2,000 mg.L-1, 3,000 mg.L-1 and 4,000 mg.L-1. The experimental design was completely randomized (DIC), with 5 treatments and four replications, with each experimental unit composed of 25 seeds, sown in 280 mL tubes. After 30 days from the beginning of germination, the percentage of emergence (E), germination speed index (IVE) and mean time of emergence (TME) were evaluated. Treatment with gibberellin at a dosage of 4,000 mg.L-1 showed the best result for emergence in annatto seedlings, and this treatment can be recommended for this species  Keywords: seed, hormone, nursery.   1 INTRODUÇÃO  O Urucum (Bixa orellana) pertencente à família Bixaceae, nativa da América Tropical. A planta é um arbusto de rápido crescimento, que alcança de 4 a 6 metros de altura, de aspecto robusto com flores vistosas cuja cor depende da variedade (PINEDA, 2003). Possui grande importância na indústria alimentícia e farmacêutica, pois além de ser corante natural, estudos demostram sua atividade antibacteriana, antifúngica, anti-inflamatória, hiperlipidêmica, laxativa e hipotensora, quando o óleo é extraído de diferentes formas e de partes variadas da planta (FERREIRA, 2013). Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 70929   Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.11, p. 70927-70932, nov., 2022  O mercado de urucum corresponde a 90% do total do consumo de corantes naturais no Brasil e a 70% de corantes naturais no mundo, 40% da colheita brasileira são utilizadas para a extração de bixina (o corante), 50% para a produção de colorífico e 10% para outras aplicações.  O Brasil é um importante produtor de urucum e é responsável por 57% da produção mundial, com 12.000 toneladas no ano de 2015. São Paulo é o maior produtor do país, seguido de Rondônia, Pará e Paraná (ESALQ, 2015) A principal forma de propagação do urucuzeiro é a partir de sementes (propagação sexuada), porém, existem sementes que aparentam ser viáveis, mas não germinam mesmo que as condições de temperatura, água e gases estejam adequadas. Essas são denominadas dormentes e requerem tratamentos especiais para germinar (AMARAL, PEREIRA e CORTELAZ, 1995). Entre os vários reguladores vegetais, as giberelinas têm apresentado resultados favoráveis no aumento do crescimento em várias espécies vegetais, agindo de forma expressiva na germinação de sementes, tanto na quebra de dormência quanto no controle da hidrólise de reserva. Agem também no desenvolvimento reprodutivo afetando a transição do estado juvenil para o maduro, bem como a indução da floração, determinação do sexo e o estabelecimento do fruto (TAIZ; ZEIGER, 2004). Esse regulador fica presente durante todo ciclo das plantas, desde a germinação até crescimento da semente e pericarpo, além disso, são mediadoras dos estímulos ambientais e, portanto, a biossíntese desse hormônio é de fundamental importância para desenvolvimento das plantas e sua adaptação ao ambiente (RODRIGUES; LEITE, 2004). Em estudos com plantas de arroz, foi descoberto que o crescimento das plantas era provocado por uma toxina produzida pelo fungo chamado Gibberella fujikuroi. (PAIXÃO, 2019). Takata et al. (2014) afirma que o uso de giberelina exógena pode influenciar no processo de germinação das sementes. A pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar diferentes doses de giberelina na emergência de plântulas de urucuzeiro.  2 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no viveiro de produção de mudas, com tela de poliolefina 50% de sombreamento, no viveiro do IFES, Campus Santa Teresa, período de agosto a dezembro de 2018, localizado na região Central Espírito-Santense, Santa Teresa-ES, distrito de São João de Petrópolis, coordenadas geográficas 19º56’12”S e Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 70930   Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.11, p. 70927-70932, nov., 2022  40º35’28”W, altitude de 155 m, caracterizando como Cwa, mesotérmico, com estação seca no inverno e forte pluviosidade no verão (Classificação de Köppen) (ALVARES et al., 2013)., precipitação anual média de 1.404,2 mm e temperatura média anual de 19,9 °C, máxima de 32,8 °C e mínima de 10,6 °C (INCAPER, 2011).  O experimento foi realizado em um delineamento inteiramente casualizado (DIC), com cinco tratamentos e quatro repetições e cada unidade experimental composto de 25 sementes. Foram utilizadas sementes de sapucainha, fornecidas pelo Instituto Terra, localizado em Aimorés/MG, submetidas aos tratamentos pré germinativos com imersão por 60 minutos em: água natural (26ºC) (testemunha); solução de giberelina a 1.000 mg.L-1, 2.000 mg.L-1, 3.000 mg.L-1 e 4.000 mg.L-1, semeadas em sacolas de 1,2 L com substrato formado de terra + esterco bovino (3:1). Após 30 dias do início da germinação, foi avaliada a porcentagem de emergência (E), índice de velocidade de emergência e tempo médio de emergência (TME). Os dados experimentais foram submetidos à análise de variância pelo teste F, atendendo as pressuposições do modelo pelo teste de Shapiro-Wilk para verificação da normalidade e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste Tukey em nível de 5% de probabilidade e teste de regressão.  3 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS A variável emergência foi influenciada pelo aumento da concentração de giberelina (GA3) em relação às sementes tratadas apenas com água pura, sendo que as sementes submetidas a concentração de 4.000 mg.L-1, apresentaram resultado superior aos demais tratamentos com diferença estatística para os outros tratamentos utilizados  (Tabela 1). O IVE e o TME não apresentaram diferença estatística entre os tratamentos utilizados (Tabela 1).  Tabela 1 – Emergência em plântulas de urucum em diferentes doses de GA3 Tratamento E IVE TME Água pura 21 b 3,341 a 1,000 a  GA3 1.000 mg.L-1 18 b 3,458 a 2,214 a GA3 2.000 mg.L-1 18 b 2,544 a 2,629 a GA3 3.000 mg.L-1 19 b 3,169 a 1,987 a GA3 4.000 mg.L-1 34 a 5,583 a 2,245 a CV (%) 45,15% 49,66% 66,86% Médias seguidas da mesma letra em cada coluna, não diferem estatisticamente em nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. E= emergência (%); IVE= índice de velocidade de emergência; TME= tempo médio de emergência.  Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 70931   Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.11, p. 70927-70932, nov., 2022  Fogaça et al. (2001), não encontraram diferença estatística com o uso de diferentes doses de GA3 em Passiflora alata entre os tratamentos para porcentagem média de emergência das plântulas estudadas. A diferença entre respostas pode residir em diversos aspectos, desde a espécie e concentrações empregadas, origem das sementes, até no fato de os autores terem empregado somente um regulador, o GA3, que pode ter promovido aumento da germinação, mas não foi suficiente para a manutenção do crescimento das plântulas até a emergência no substrato. O gráfico 1 mostra uma tendência positiva na taxa de emergência à medida que a concentração de giberelina aumenta. Observa–se que a dose de 4.000 mg.L-1 apresenta o melhor resultado entre os tratamentos utilizados, com a curva de regressão tendendo para o aumento da emergência a partir do aumento da dosagem de giberelina.  Gráfico 1 – Curva de regressão da emergência de plântulas de urucum em diferentes doses de giberelina   O fator que pode ter acarretado baixa taxa de emergência é o fato de que sementes de urucum apresentam dormência, devido a uma dormência física imposta pelo tegumento e praticamente não embebem. Na última fase de maturação das sementes de urucum há aumento na impermeabilidade do tegumento à água, sendo necessária uma escarificação severa das sementes para que elas germinem (AMARAL et al. 1995).   4 CONCLUSÃO O tratamento com giberelina na dosagem de 4.000 mg.L-1 apresentou o melhor resultado para emergência em plântulas de urucuzeiro, podendo este tratamento ser recomendado para esta espécie.     y = 2,6429x2 - 13,157x + 32,4R² = 0,917705101520253035400,0 1,0 2,0 3,0 4,0Emergência  (%)Doses de giberelina (g.L-1)Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 70932   Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.11, p. 70927-70932, nov., 2022  REFERÊNCIAS ALVARES, C.A., STAPE, J.L., SENTELHAS, P.C., GONÇALVES, J.L.M; SPAROVEK, G. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v.22, p.711-728. 2013. AMARAL, L. I. V.; PEREIRA, M. D. F. A.; CORTELAZ, A. L. Quebra de dormência em sementes de Bixa Orellana. 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Ácido Giberélico na emergência de plântula de Urucuzeiro: Giberellic acid in the emergency of Urucuzeiro seedling

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