Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
Abstract
A incidência do carcinoma de células escamosas da língua está diretamente relacionada a fatores socioculturais e hábitos de vida, especialmente abuso de álcool e tabaco, além da exposição crônica ao sol. O acúmulo de tais fatores de risco ao longo do tempo culmina na carcinogênese justificando a prevalência em adultos-idosos. No entanto, é crescente a incidência em jovens, principalmente em mulheres, fundamentado na multifatorialidade dos riscos como hábitos alimentares, predisposições genéticas e agentes virais. O câncer acomete principalmente borda lateral da língua, lábio inferior e gengiva. Na aparência clínica prevalece o tipo úlcera seguido de leucoplasia. O tratamento consiste em ressecção cirúrgica do tumor primário seguida de reconstrução por retalhos. O prognóstico é amplo, dependendo da extensão da lesão e de metástases, contudo o melhor desenvolvimento clínico está correlacionado ao diagnóstico precoce. Objetivos: Relataremos o caso de um paciente com carcinoma de células escamosas (CEC) avançado em língua documentando a evolução clínica do carcinoma, alertando profissionais da saúde ao diagnóstico precoce de lesões orais malignas. Metodologia: Jovem 25 anos com carcinoma de células escamosas acometendo a língua, classificado como T4a, N2a, MX em paciente não-fumante e não-etilista. A lesão inicial apresentava-se na borda direita da língua de forma irregular, composta por tecido acastanhado, elástico, liso e opaco, medindo 0,4X0,3X0,3cm, dolorosa e não ulcerativa. O caso será relatado por meio de dados do prontuário do paciente com fotos cedidas por familiares. Resultados: Destrinchamos os fatores de risco para o câncer de língua, diferenciando a evolução clínica da doença em pacientes jovens, ressaltando a importância do diagnóstico e tratamento precoce e exemplificando o avanço do carcinoma de células escamosas na língua
