Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
Abstract
FUNDO: O paciente com o quadro de hérnia inguinal encarcerada está em um estágio de urgência, necessitando de um procedimento cirúrgico de emergência. Buscando avaliar esse quadro, para entender o perfil clínico, para fomentar uma análise clínico-epidemiológica, analisando as variáveis importantes nesse tipo de paciente, definir os fatores de risco e quadros mais comumente encontrados. Se faz necessário também abordar os achados intraoperatórios, complicações e tempo pós-operatório. Assim, poderiam ser tomadas mudanças em relação às condições encontradas, que podem mudar o desfecho clínico de muitos pacientes. MÉTODOS: Um estudo observacional qualitativa descritiva, com 40 pacientes com o quadro clínico de hérnia encarcerada, todos os pacientes foram submetidos a hernioplastia. Seguindo a mesma técnica cirúrgica. O desfecho primário foi que apenas os pacientes com comorbidades/fatores de risco apresentaram complicações e o segundo desfecho foi que os pacientes submetidos ao procedimento cirúrgico não chegaram a óbito. RESULTADOS: Após o acompanhamento de quadros semelhantes por 12 meses. O primeiro desfecho, foi possível observar que os pacientes com comorbidades/fatores de risco anteriores, 35 (87,5%) dos 40 selecionados, possuíam os quadros de: 14 (35%) pacientes com quadro de obesidade, os 7 (17,5%) eram tabagistas crônicos e 14 (35%) dos pacientes possuíam quadro de tenesmo prévio e 5 pacientes não possuíam fatores de risco. Dentro das comorbidades, 1 paciente possuía síndrome de Down, 3 paciente apresentava cirrose hepática, 8 com hipertensão arterial sistêmica, sendo que 5 eram definidos como de difícil controle, 4 com diabetes mellitus, 6 pacientes com diverticulose anterior e 6 com constipação crônica. O desfecho secundário aconteceu com 40 pacientes, já que todos do grupo foram operados em caráter de urgência, ademais os pacientes que não são submetidos ao procedimento cirúrgico vão a óbito. CONCLUSÕES: Conclui-se que os 5 pacientes que não apresentavam comorbidades/fatores de risco, chegaram ao hospital em um quadro mais leve em comparação aos outros (35) pacientes, tendo eles uma recuperação melhor e menos dias de internação. Podendo ser implementadas medidas preventivas para os pacientes que possuem hérnia, recomenda-se o acompanhamento dos fatores de risco, visando evitar quadros graves e internações longas