Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
Abstract
A hanseníase é definida como uma doença crônica e infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae. A doença evolui de forma lenta e progressiva, podendo ocasionar incapacidades físicas e se não tratada se torna transmissível, atingindo qualquer pessoa. Pode-se classificar a hanseníase em 4 tipos, no qual a indeterminada e a tuberculóide são categorizadas em paucibacilar, enquanto os tipos dimorfa e virchowiana são classificadas em multibacilar.Com o intuito de pesquisar as formas de tratamento disponíveis para a hanseníase no adulto, foi realizada uma revisão integrativa buscando os principais resultados de estudos que abordam os esquemas terapêuticos disponíveis para a doença, pontuando seus possíveis efeitos colaterais.A partir disso, foi observado que o tratamento preconizado para a hanseníase consiste na associação de medicamentos, na chamada poliquimioterapia (PQT): rifampicina, dapsona e lofazimina. Os casos paucibacilares são tratados com uma dose mensal supervisionada de 600 mg de rifampicina e 100 mg de dapsona diárias em casa, com duração de 6 meses. O grupo multibacilar é tratado com uma dose mensal supervisionada de 600 mg de rifampicina, 100 mg de dapsona e de 300 mg de clofazimina; diariamente e em casa, o paciente deve tomar 100 mg de dapsona e 50 mg de clofazimina, com duração de 12 meses.Inferiu-se também que a hanseníase é uma doença negligenciada, que se diagnosticada e tratada precocemente, possibilita uma vida com pouca, ou nenhuma interrupção das atividades diárias do indivíduo afetado. Portanto, é necessário o acesso de toda a população aos serviços habilitados a tratar a hanseníase