A violência para com as pessoas LGBT: uma revisão narrativa da literatura / Violence to LGBT people: a narrative review of literature

Abstract

Introdução: No Brasil, nota-se que o preconceito representa os estereótipos idealizados pelas crenças enraizadas na sociedade. As pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros são as que mais sofrem discriminação por sua orientação sexual e identidade de gênero, o que as torna mais suscetíveis a vários tipos de violência, interferindo no processo de saúde-doença dessa população. Objetivo: Conhecer os tipos de violência mais frequentes contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros, de acordo com as publicações científicas da área da saúde, e verificar quem são os principais agressores dessa população. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, para a qual se efetuou uma busca sistematizada, utilizando artigos extraídos por meio da Biblioteca Virtual em Saúde, da Base de Dados de Enfermagem e da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, aos quais foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão, totalizando treze estudos. Para a análise dos estudos, utilizou-se o referencial teórico de Bardin. Resultados: Com base nos achados e, a partir dos estudos, foram evidenciadas duas categorias: “Violência à população lésbicas, gays, bissexuais e transexuais: dor e sofrimento” e “Violência à população lésbicas, gays, bissexuais e transexuais: os causadores da dor e sofrimento”. Identificou-se que o preconceito, a violência de gênero simbólica, física, psicológica e sexual são as mais reproduzidas para com a população lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros, geradas, principalmente, por familiares, religiosos, mercado de trabalho, profissionais de saúde, sociedade, policiais, políticos, formuladores de políticas públicas, adolescentes e estudantes. Conclusão: As consequências oriundas das violências acometidas a lésbicas, gays, bissexuais e transexuais no Brasil, manifestam-se nos diversos espaços sociais e há uma assistência ineficiente dos serviços de saúde destinados a essa população.

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