Cercas-vivas para dissuasão de onças, o resgate de uma tecnologia esquecida : Living fences to discourage jaguars, the retrieval of a forgotten technology

Abstract

Os grandes carnívoros são forçados a viver em proximidade aos humanos competindo por espaço e presas o que leva a conflitos, sendo esta, a principal causa da mortalidade de carnívoros adultos perto de áreas protegidas. O controle letal para reduzir a depredação de gado é a principal causa da diminuição e extinção de muitas populações de carnívoros. A utilização de cercas para impedir que o gado entre em matas e se exponha a ataques são medidas recomendadas para a prevenção desses problemas. No Brasil, poucos estudos têm sido realizados para testar a possibilidade da utilização de cercas-vivas na proteção de animais de criação contra felinos. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi identificar espécies botânicas com potencial para cercas-vivas e propor modelos teóricos, visando à mitigação dos conflitos entre predador-pecuária e que atuem na conservação da onça-pintada Panthera onca (Linnaeus, 1758) e da onça-parda Puma concolor (Linnaeus, 1758). Foram identificadas 65 espécies com potencial para cercas-vivas, as famílias mais representativas são Arecaceae (n=24), Leguminosae (n=12), Cactaceae (n=5) e Rutaceae (n=5) onde foram montados modelos teóricos divididas em três estratos, a fim de inibir os felinos, diminuindo os ataques a criação de animais e mitigando os conflitos. Testes são necessários para validação da eficiência das cercas-vivas com as espécies levantadas

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