Prevalência e fatores associados aos níveis de ansiedade durante a pandemia da COVID-19: Prevalence and factors associated with anxiety levels during the COVID-19 pandemic

Abstract

A pandemia e a inerente alteração de comportamentos, a par da pouca previsibilidade, conceberam maiores níveis de sintomas de ansiedade na população. O isolamento social foi proposto pelos governos locais como medida de saúde pública fundamental para controle da disseminação do Covid-19. Apesar de ser uma das medidas mais eficazes no combate à propagação da pandemia, o distanciamento pode ter influências sociais e psicológicas diretas e indiretas na saúde mental da população. Investigar os sintomas de ansiedade e fatores associados na população adulta durante a pandemia da Covid-19 no estado do Ceará, Nordeste do Brasil. Trata-se de um estudo descritivo com caráter retrospectivo, no qual participaram da pesquisa 214 sujeitos (44,4% residentes de Fortaleza, 43,9% da Região Metropolitana e 11,7% residentes de outras cidades). Para a coleta de dados foi utilizado o Inventario de Beck - BAI, disponibilizado de forma eletrônica através do Google Forms® e analisados pela estatística descritiva e regressão logística. Identificou-se que a maioria (58,87%) dos entrevistados apresentavam sintomas de ansiedade. Os sintomas de ansiedade mostraram-se relacionados aos indivíduos mais jovens 18-23 anos (OR = 3,03; IC: 1,17-7,80), que não praticavam atividade física (OR = 2,14; IC: 1,14- 4,02) e que pararam de praticar atividade física durante o lockdown (OR = 2.38; IC: 1,20 - 4,71). Os participantes do presente estudo apresentaram sintomas de ansiedade leve, moderado e severo e os fatores associados foram idade, não praticar atividade física e ter parado de praticar atividade física durante o período de lockdown

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