Histórico clínico da Artrite Idiopática Juvenil (AIJ): uma revisão integrativa: Clinical history of Juvenile Idiopathic Arthritis (JIA): an integrative review

Abstract

Introdução: A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ), artropatia crônica mais prevalente nos primeiros anos de vida, caracteriza-se por artrite objetiva persistente em uma ou mais articulações por, no mínimo, seis semanas, com apresentações clínicas diversas. Objetivo: abordar os conceitos a respeito da história clínica da Artrite Idiopática Juvenil direcionando-os para a sua fisiopatologia, seu diagnóstico e tratamento. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, pautada na pergunta norteadora: “Artrite Idiopática Juvenil: como se dá a sua fisiopatologia, seu diagnóstico, e tratamento?”. O levantamento bibliográfico foi realizado nas seguintes bases de dados: Portal Regional BVS (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e National Library of Medicine (PUBMED). Os Descritores Controlados de Ciências da Saúde (DeCS) utilizados na busca, em associação ao operador booleano “AND”, foram: “Artrite Juvenil Idiopática”; “Tratamento”; “Diagnóstico”. Foram selecionados 19 artigos, publicados entre 2014 e 2021, que estavam de acordo com o objetivo da pesquisa e se enquadravam nos seguintes critérios de inclusão: artigos publicados em português, inglês ou espanhol, cujos títulos e resumos mostraram-se em consonância com o propósito da revisão de literatura, indexados nos referidos bancos de dados. Artigos repetidos, dissertações e resumos de anais foram excluídos. Resultados: Desse modo, foram encontrados 87 artigos nas bases de dados supracitadas, o que reforça o caráter patológico obscuro da artrite idiopática juvenil, de maneira que os fatores etiológicos e fisiopatológicos ainda não bem esclarecidos, acreditando-se que estes relacionam-se a fatores genéticos, ambientais e associações com outras artrites crônicas. O diagnóstico é eminentemente clínico, porém alguns exames como, fator reumatoide, PCR e anti-CCP podem ser usados com fins prognósticos e acompanhamento do curso inflamatório, bem como para divisão em sete subtipos de Artrite idiopática Juvenil: sistêmica, oligarticular, poliarticular com fator reumatoide positivo, poliarticular com fator reumatoide negativo, artrite psoriásica, artrite relacionada à entesite (ARE) e forma indiferenciada. Nesse ínterim, o tratamento deve ser individualizado, centrado nas necessidades de cada paciente, visto a variedade de subtipos e manifestações clínicas dessa entidade clínica, de forma a possibilitar o controle da inflamação e restauração das articulações afetadas. Nessa análise, de forma geral, os tratamentos são conduzidos com anti-inflamatórios não esteroidais, glicorticoides, imunobiológicos e tratamento não farmacológico, caracterizado por atenção psicossocial, orientações dietéticas e exercícios físicos. Conclusão: Portanto, é possível inferir que se trata de uma patologia de importância clínica em que os fatores fisiopatológicos não são completamente conhecidos, o que reforça a necessidade de mais estudos dentro dessa abordagem. Para mais, ressalta-se a necessidade de uma equipe multiprofissional na abordagem e condução do paciente acometido, dado quadro clínico diverso, que requer um tratamento farmacológico e não farmacológico

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