Análise da qualificação dos profissionais de um hospital para assistência ao surdo: Analysis of the qualification of professionals of a hospital for deaf assistance

Abstract

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como língua oficial da comunidade surda do país (BRASIL, 2002). Através de um estudo, evidenciou-se que pacientes surdos adiam a procura pela consulta médica, gerando um sofrimento maior para o indivíduo e risco de piora do caso, o que ocorre devido aos obstáculos encontrados, muitas vezes, no atendimento (CHAVEIRO et al., 2008). Relatos de casos reportam que profissionais alegaram sentimentos, como insegurança, incapacidade e impotência, ao atenderem pacientes com surdez e não terem conhecimento da Libras (FRANCISCHETTI et al, 2017). Por isso, este trabalho buscou pesquisar como ocorre a comunicação entre o paciente surdo e a equipe multiprofissional em uma instituição de saúde. Trata-se de um estudo, a partir da pesquisa de natureza descritiva, exploratória de caráter transversal, de abordagem quantitativa, por meio da aplicação de um questionário objetivo, contendo 11 questões. Participaram, voluntariamente, 30 profissionais registrados no hospital do interior de São Paulo, sendo 21 (70%) do sexo feminino e 9 (30%) do sexo masculino. Houve predomínio de idades entre 50 e 59 anos (40%). Quanto à escolaridade, a maioria possui ensino superior completo (63,3%) e, de todos os participantes, 27 (90%) não aprenderam na graduação e nem realizaram curso de Libras. Em relação ao atendimento ao surdo, 18 (60%) já o realizaram e, destes, 8 (26,67%) demonstraram muito desconforto, 6 (20%) desconforto e 4 (13,33%) sentiram-se satisfeitos. Esses dados revelam que existem desafios perante um atendimento ao deficiente auditivo, sendo necessário que medidas como capacitação anual em Libras sejam empregadas a fim de consolidar o aprendizado e facilitar o uso na prática

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