Polifarmácia no idoso como causa de iatrogenia: revisão de literatura e relato de caso / Polypharmacy in the elderly as a cause of iatrogeny: literature review and case report

Abstract

Introdução: a quantidade de idosos no mundo em 2050 chegará a marca de 2 bilhões de pessoas, representando cerca de 22% da população. Devido a esta nova realidade, países que já possuem uma população envelhecida, tem enfrentado problemas no acolhimento e atendimento de saúde, uma vez que o aumento da expectativa de vida, aumenta a chance de o indivíduo ser acometido por um número maior de doenças crônicas. Desta forma, o idoso fica mais sujeito a polifarmácia e a iatrogenia por ela causada, sendo a desprescrição uma medida necessária e que comprovadamente leva a melhora da qualidade de vida do paciente. Objetivo: realizar um estudo reflexivo com relato de caso e revisão de literatura, sobre os problemas gerados quando o idoso é submetido a polifarmácia, a exemplo da iatrogenia e os benefícios da desprescrição medicamentosa. Método: uma revisão bibliográfica, fez-se necessária para responder os questionamentos levantados pelo relato de caso. A revisão foi realizada em plataformas digitais da área médica, como: SciELO, MEDLINE, PubMed e LILACS, considerando revistas com qualis superior a B4 e/ou fator de impacto maior que 0,5, bem como livros e teses de mestrado e doutorado. Ainda, para a elaboração do relato de caso, foram utilizados dados obtidos em prontuários médicos, exames e entrevistas com a paciente e familiares. Relato de caso: idosa de 89 anos, grau III de dependência, foi levada ao hospital com quadro de desidratação e astenia profunda. Estava em uso de oxacarbamazepina, ácido acetilsalicílico, donepezila, metimazol, oxibutinina, nitrofurantoína, losartana e vitamina D. Durante a internação foi levantada a hipótese de iatrogenia medicamentosa. Após a alta, em atendimento ambulatorial os medicamentos foram suspensos e fez-se uma avaliação para otimizar a prescrição. Um mês após a nova conduta, a paciente encontrava-se mais lúcida, animada e menos dependente para as atividades de vida diária. Conclusão:  o caso relatado, trata-se de uma condição prevalente nos atendimentos de saúde, e por isso, infere-se ao médico a responsabilidade de sempre avaliar todo o tratamento ao qual o paciente está submetido, desprescrevendo quando necessário, na intenção de proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente.

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