Hérnia diafragmática de Morgani: a importância do diagnóstico diferencial frente à apresentação tardia da patologia. Relato de caso e revisão de literatura/ Morgani's diaphragmatic hernia: the importance of differential diagnosis in view of the late presentation of the pathology. Case report and literature review

Abstract

OBJETIVO E METODOLOGIA:  Este presente estudo tem por objetivo relatar o caso de uma criança de 1 ano e 1 mês de idade, que apresentava sintomas respiratórios recorrentes. Diante de um dos episódios, foi realizada investigação radiológica sendo identificada hérnia diafragmática, corrigida cirurgicamente. Além do exposto, temos como objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre a importância do diagnóstico diferencial da hérnia diafragmática, visando evitar complicações tardias. A metodologia utilizada constou de análise de prontuário e referências científicas levantadas nas bases de dados Scielo e Pubmed. RELATO DE CASO: M.S.R., sexo masculino, 1 ano e 1 mês de idade, apresentava quadros respiratórios recorrentes, sem investigação radiológica prévia. Diante de um quadro gripal, procurou PS onde foi realizado Raio X de tórax com laudo “normal”. Após investigação mais aprofundada para o quadro respiratório, foi identificada uma hérnia diafragmática. Diante do diagnóstico radiológico, foi procurado o serviço de cirurgia pediátrica. Ao exame físico, apresentava pectus carinatum, tiragem intercostal e abdome levemente escavado. Com diagnóstico de hérnia diafragmática, foi indicada a correção cirúrgica. Realizada laparotomia longitudinal xifoumbilical, sendo identificado grande defeito em parede torácica anterior à direita (hérnia diafragmática de Morgani) contendo cólon transverso e estômago adentrando no mediastino anterior. Realizada ressecção de membrana pleuroparietal e plicatura da borda diafragmática na parede anterior. No mesmo ato cirúrgico foi realizada apendicectomia. CONCLUSÃO: A hérnia diafragmática de Morgani por ser de localização anterior, raramente causa hipoplasia ou hipertensão pulmonar, sendo responsável por apresentações tardias, com sintomas respiratórios crônicos ou que se apresentam agudamente. Uma atenção maior é necessária a fim de evitar confusão com outras patologias como pneumonias, pneumatoceles, derrame pleural, pneumotórax entre outros. O diagnóstico adequado evita complicações potencialmente graves como pneumotórax, hemotórax, estrangulamento de alça ou necrose intestinal. O diagnóstico diferencial com patologias intrapleurais, é de extrema importância, pois a interpretação incorreta do RX de tórax pode resultar em diagnóstico equivocado e conduta terapêutica ineficaz

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