Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
Abstract
Reciclar o gesso e outros materiais provindos dos resíduos da construção e demolição e propor novas aplicabilidades são desafios da sustentabilidade na construção civil e inspiram novas pesquisas de interesse das instituições de pesquisa e sociedade. Neste contexto, o estudo avaliou publicações classificadas como relevantes à base de gesso e resíduos diante da resistência à flexão NBR 16382 (ABNT, 2015); NBR 16497 (ABNT, 2016); NBR 16654 (ABNT, 2017) no campo de atuação da engenharia, mapeando-se sistematicamente artigos completos e abertos da base de dados Scopus. Como principais resultados, destacam-se sequencialmente os maiores valores atingidos à flexão em função dos seguintes resíduos adicionados ao gesso: cerâmica (9,3 MPa), lã de vidro (7,5 MPa); lã de rocha (7.3 MPa); talo de girassol (6.9 MPa); porcelana (4.8 MPa); polipropileno (4. 3 MPa) e celulose (3,1 Mpa). São possibilidades para a confecção de placa mineral removível ou suspensa de gesso nas proporções avaliadas: lã de vidro (10%), lã de rocha (10%); porcelana (50%); lenços umedecidos (2,5%) e talo de girassol (9,7%). Acrescentam-se duas composições com 100% de materiais recicláveis: gesso reciclado (50%) e resíduos de tijolo (50%); gesso reciclado (50%) e porcelana (50%). A confecção de placas de gesso é possível pela proporção de gesso virgem (50%) e resíduos de tijolo (50%). O estudo teórico pode nortear o prosseguimento da análise de outros requisitos normativos orientando novas composições e possibilidades para aplicabilidade em forros de gesso com materiais recicláveis para os diversos usos em bioengenharia.