Um Corpo Circundante: Um mergulho Fenomenológico e Existencial no que é ser gay e cadeirante / A Surrounding Body: A Phenomenological and Existential dive into what it is to be gay and wheelchair accessible

Abstract

O objetivo deste estudo é evidenciar as concepções e práticas da sexualidade da pessoa com deficiência física, tendo em vista, um corpo que destoa dos padrões estéticos socialmente construídos. A análise se desenvolve a partir da relação entre os conflitos pessoais desses indivíduos e as contribuições teóricas no campo dos conceitos sobre deficiência e sexualidade. Os interesses de estudos e pesquisa que movem nossos trabalhos são entorno dos processos de compreensão do Ser no mundo, pois, somos seres de relação, cuja realidade é estruturalmente nós.  Como parte das produções em andamento, se destaca o trabalho publicado em 2018 no livro Educação, Comunicação, Cultura e Diferença: Ser gay, deficiente e cadeirante; um estudo fenomenológico que considera tempo e espaço numa possível e imaginada educação especial não escolar.  Este trabalho aponta para como a sexualidade é um campo ainda pouco explorado pelas ciências, o que contribui para o reforço dos estereótipos e das opressões sofridas por esses sujeitos e, também, como as ideias do senso comum sobre a deficiência criam entraves para o desenvolvimento das suas identidades e vivências sexuais. Assim, este estudo/pesquisa pretende compreender “o que” e “como é” ser gay com deficiência física e investigar saídas para um existir mais digno dentro e fora da escola. Para a tal realização, será adotado o método de pesquisa fenomenológico, pois, a fenomenologia, ao mesmo tempo em que é um método, torna-se um modo de ser, uma maneira de se obter da realidade, um espaço de abertura onde o ser se dá. A partir dos conceitos freireanos de ser mais e humanização Freire (2005, 2013) e ser sendo junto ao outro no mundo de Pinel (2015), a coleta dos dados se deu a partir da utilização da história oral e de vida com o uso de narrativas, escuta e observação tendo como questão: “O que é” e “como é” ser gay com deficiência física na escola e fora dela? Os procedimentos metodológicos acontecerão a partir de um mergulho existencial nas experiências do (s) sujeito (s) da pesquisa e um distanciamento reflexivo Forghieri (2014). O fenômeno que faz parte deste estudo é um jovem que frequenta o ensino superior numa faculdade privada na grande Vitória. Ressaltamos que a questão do mundo das pessoas com deficiências tem sido uma temática de estudos e pesquisas na academia, bem como grandes organizações interessadas em levantamentos estatísticos

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