Comportamento sexual dos estudantes de medicina: diferenças entre os sexos e fatores influenciadores / Sexual behavior of medical students: differences between genders and influencing factors

Abstract

Comportamento sexual pode ser considerado de risco quando, por exemplo, o uso de preservativo para evitar uma gestação ou proteger-se de uma infecção sexualmente transmissível (IST) não é escolhido. O objetivo deste trabalho foi comparar, entre os sexos, o comportamento sexual dos acadêmicos do ciclo básico (primeiro ao quarto período) do curso de medicina de uma instituição de ensino privada do Centro-Oeste brasileiro, bem como as situações de risco e seus possíveis fatores influenciadores. Tratou-se de um estudo epidemiológico transversal e descritivo. Foram aplicadas 39 questões objetivas adaptadas de 4 estudos. Houve diferença entre os sexos quanto ao parceiro na primeira relação sexual (p=0,007), os homens com maior número de parceiros após a entrada na faculdade (p=0,01), a camisinha e o anticoncepcional hormonal como os principais métodos utilizados (p=0,008) e a tendência de menor uso de preservativos por pessoas que praticam relações sexuais não exclusivamente heterossexuais (Odds Ratio com intervalo de confiança variando entre 0,6 e 19). Morar sem os pais favorece o uso de métodos protetivos (p=0,05) e usar preservativo na primeira relação contribuiu para uma chance 3,9 vezes maior de uso nas subsequentes (p=0,007). Parte dos acadêmicos apresentam práticas sexuais de risco. São necessários mais estudos que avaliem outras etapas da graduação, permitindo uma discussão com mais embasamento.  

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