Conhecimento sobre o câncer de colo uterino por mulheres de uma cidade do sul do Brasil / Knowledge about cervical cancer by women in a city in southern Brazil

Abstract

O câncer de colo uterino é um grande problema de saúde pública no Brasil. Estima-se que esta patologia seja a terceira neoplasia mais comum entre as mulheres, fazendo com que este câncer seja um dos maiores causadores de morte no mundo. O maior causador desta neoplasia é o Papiloma Vírus Humano (HPV), visto que cerca de 70% dos casos são motivados por esta infecção viral, que desenvolve-se a partir de relações sexuais. Há também outros fatores de risco para desenvolver o câncer de colo uterino, como início da atividade sexual precoce, multiparidade de parceiros sexuais, tabagismo, baixa condição socioeconômica, imunossupressão, uso prolongado de contraceptivos, entre outros. Como forma de diagnóstico para garantir a prevenção existe o exame de Papanicolau, igualmente chamado de exame preventivo ou colpo citologia oncótica, tendo uma enorme importância para modificar os números de ocorrência e consequente mortalidade por essa patologia. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo descrever o perfil de conhecimento sobre diagnóstico, tratamento e prevenção do câncer de colo de útero entre o público feminino na cidade de Bagé-RS. Trata-se de um estudo transversal quantitativo em que as informações foram coletadas utilizando-se um instrumento padronizado com questões fechadas e abertas, aplicado às participantes pela ferramenta on-line e gratuita Google Forms. Foram entrevistadas 418 mulheres, sendo excluídas 30 segundo os critérios de idade e não aceitação em participar da pesquisa. Verificou-se que36,1% (n=141) das entrevistadas encontravam-se na faixa etária de 18 a 25 anos, 43,8% (n=170)possuindo renda bruta familiar de 1 a 3 salários mínimos e 32% (n=124) relataram não ter fácil acesso à informação sobre câncer de colo uterino. No que se refere ao entendimento sobre o câncer de colo uterino, verificou-se que 60,8% (n=236) das entrevistadas obtiveram informações através da internet e 23,2% (n=90) através do médico ginecologista, 45,6% (n=177) das entrevistadas conhecem alguém com esta doença e 2,6% (n=10) delas tiveram o diagnóstico de algum tipo de câncer, sendo que 2,2% (n=4) tiveram/tem câncer de colo uterino. Em relação à alimentação, 63,6% (n=247) das entrevistadas disseram que não influencia ou talvez influencie no surgimento deste tumor. Torna-se clara a necessidade de políticas de educação em saúde com viés direcionado ao aos aspectos de conhecimento acerca da prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de colo uterino por parte da população feminina.

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