Avaliação da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de risco à infecção pelo HIV entre casais sorodiscordantes em um Centro de Referência do Oeste do Paraná

Abstract

INTRODUÇÃO: A Profilaxia Pré-exposição (PrEP) é um método de prevenção primária para pacientes que estão sob o risco de infecção do vírus da Imunodeficiência humana (HIV). Ela é realizada por meio de medicamentos antirretrovirais antes da exposição sexual ao vírus com o objetivo de reduzir a probabilidade de infecção pelo HIV. No município de Cascavel, a PrEP foi implementada no ano de 2020. Logo, objetivou-se na pesquisa realizar uma avaliação epidemiológica de casais heterossexuais sorodiscordantes usuários da PrEP de um centro de referência de Cascavel/PR. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo exploratório observacional ecológico transversal no qual foi realizado análise dos dados por meio do prontuário médico físico de pacientes que fazem uso do PrEP de forma voluntária e que fazem o acompanhamento ambulatorial no Centro de Referência no período de agosto de 2020 até  janeiro de 2022. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Foram analisados 72 prontuários de usuários cadastrados. A amostra foi constituída predominantemente pelo sexo feminino 61,1%, de maior faixa etária entre 30 à 39 anos (36,1%), autodeclarada parda (52,8%), com formação de ensino médio completo (36,1%). Além disso, a maioria não realizou a PEP antes de iniciar PrEP, realizam a profilaxia mais para a prevenção 70,8% ao invés de prevenção e planejamento reprodutivo. Ademais, majoritariamente não apresentaram ISTs (81,9%) enquanto dentre os usuários que manifestaram alguma IST, a maioria foi de Sífilis (6,9%). A faixa de tempo de relacionamento está entre 1 á 5 anos (23,7%), e a maioria dos parceiros tratam o HIV com Antirretrovirais (ARV). A maior parte dos usuários realizam prevenção combinada com condom (48,6%). Outrossim, a adesão à profilaxia é de 66%, mas a maioria parou de fazer o uso antes do primeiro ano (51,3%). Houve poucos relatos de eventos adversos com o uso da PrEP (27,8%) e os que apresentaram manifestações, estavam mais relacionados ao sistema gastrointestinal (12,5%).  CONCLUSÃO: Para que possamos ter o conhecimento de prevenção eficaz dentro da saúde reprodutiva e sexual, conhecer a epidemiologia da população ajuda o médico a agir de forma mais ativa, como também a direcionar melhor a educação sexual na prevenção do HIV

    Similar works