Feminicídio contra mulheres negras nos municípios paraenses narrado pela mídia no ano de 2022

Abstract

A violência sofrida por mulheres pode ser chamada de violência doméstica ou violência de gênero, que atinge mulheres em todas as regiões do mundo e tem sua origem em diversos fatores, sejam biológicos, econômicos, culturais, políticos e sociais. A condição é generalizada e tornou a violência contra a mulher um grande problema de saúde pública que precisa ser abordado, o que está se tornando um problema para o setor de saúde e para os governos. Devido a grande relevância do tema, o presente estudo tem como objetivo realizar um estudo descritivo dos casos narrados pela mídia paraense de feminicídio em mulheres negras no estado do Pará no ano de 2022. Trata-se de um estudo do tipo descritivo, retrospectivo de cunho quantitativo. Os dados relativos à ocorrência dos casos de feminicídio em mulheres negras no estado do Pará foram obtidos através dos exemplares do jornal paraense arquivados na biblioteca pública Arthur Vianna da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (CENTUR). Foram inclusos todos os casos de feminicídio registrados no jornal, no período de 2022. Para a análise dos resultados foi utilizada a estatística descritiva dos casos publicados. Das 361 edições analisadas do ano de 2022 foram computados 54 casos de feminicídio no Estado do Pará, dentre esses 34 foram contra mulheres negras, que corresponde um total de 62,9% dos casos. No tocante aos municípios que tiveram pelo menos um caso reportado na mídia, destaca a capital do Estado Belém, Marabá e Anapú com os maiores casos de feminicídios. As mulheres negras estão sendo mortas, proporcionalmente e em termos absolutos, em números muito maiores do que as mulheres brancas. Dessa forma, é urgente e indispensável, a criação e implantação de políticas públicas que assegurem o direito de vida das mulheres, a justiça social e a intolerância ao preconceito de raça

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