Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
Abstract
A incontinência urinária (IU) é uma condição em que ocorre perda involuntária de urina e afeta, principalmente, as mulheres, especialmente, após a menopausa. A patogênese da IU ainda não é completamente compreendida, mas sabe-se que está relacionada à disfunção da bexiga ou dos músculos pélvicos. É classificada como incontinência urinária de esforço (IUE), incontinência urinária de urgência (IUU) e incontinência urinária mista (IUM), sendo a primeira a mais prevalente e o foco dessa revisão. Em relação às mulheres, existem fatores de riscos bem estabelecidos, como paridade, obesidade, histerectomia, uso de diurético, hipoestrogenismo e tosse crônica. Tal condição está associada a um impacto significativo no cotidiano e no convívio social dos portadores, sendo imprescindível o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Todavia, por estar associada ao processo natural do envelhecimento, muitas vezes é menosprezada e subdiagnosticada. O diagnóstico inicial da IU envolve determinar se a incontinência é transitória ou crônica e identificar o subtipo a qual pertence. Embora o diagnóstico seja principalmente clínico, o exame físico, exames laboratoriais complementares e estudo urodinâmico podem ser utilizados para confirmação. No que se refere ao tratamento, em especial da IUE, que é a mais comum, pode envolver abordagens farmacológicas, fisioterápicas e, cada vez mais, cirúrgicas. Entre os tratamentos cirúrgicos, os procedimentos de slings tornaram-se a cirurgia padrão-ouro para IUE devido às altas taxas de cura, abordagem minimamente invasiva, recuperação rápida e baixo risco de complicações. Os dois principais tipos de procedimentos de sling para tratamento de IUE em mulheres são slings uretrais e pubovaginais. É o procedimento individual mais investigado com as evidências mais fortes que justificam seu uso