Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
Abstract
A otite média aguda (OMA) é uma das principais doenças presentes na infância, caracterizada por uma infecção aguda secretiva na orelha média, com uma incidência que vem se elevando nas últimas décadas. O presente estudo de revisão buscou avaliar novas evidências na abordagem terapêutica da OMA na população pediátrica, documentadas por meio de estudos clínicos e randomizados. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada por meio da base de dados PubMed, que levou em consideração os seguintes critérios de inclusão: ensaios clínicos e testes controlados e randomizados; artigos publicados nos últimos seis anos; que possuíam texto completo disponível e que abordassem acerca de novas evidências no manejo da OMA em crianças. Ficou constatado que, por mais que a colocação de tubo de ventilação tenha gerado maior tempo até o primeiro episódio de OMA, a otorreia foi observada em um número de dias em crianças, o que não trouxe achados significativos entre a colocação de tubo de ventilação ou do tratamento médico. Ademais, verificou-se que, em crianças pequenas com OMA, formulações contendo dosagens menores de clavulanato podem trazer menos efeitos colaterais sem reduzir sua eficácia clínica. Outro ponto observado é que a intervenção educacional direcionada ao clínico geral levou ao aumento no uso de analgésicos, em especial o ibuprofeno, em crianças com OMA, mas que não houve redução dos escores de dor de ouvido relatados pelos pais. Por fim, o estudo CEDAR mostrou que o uso reduzido de antibióticos pode ser feito em crianças com OMA combinando a prescrição de antibióticos tardia ou não com colírios anestésicos-analgésicos