Pancreatite aguda grave: Diagnóstico e tratamento / Serious acute pancreatitis: Diagnosis and treatment

Abstract

A pancreatite aguda (PA) é uma doença inflamatória do pâncreas e corresponde a uma das patologias mais comuns que acometem o trato gastrointestinal. Clinicamente, varia de quadros leves a graves com alta mortalidade. Sua incidência tem aumentado na contemporaneidade devido ao aumento da obesidade. O diagnóstico segue critérios do Acute Pancreatitis Classification Working Group, que considera fatores clínicos, laboratoriais e de imagem. Segundo a classificação de Atlanta pode ser leve, moderadamente grave e grave.  A maioria dos casos são leves, contudo os graves apresentam elevada morbidade, representando a importância de estudo do tema. Para avaliar tais pacientes é necessário considerar a clínica, associada a alterações laboratoriais e de imagem. A tomografia computadorizada (TC) de abdome com contraste venoso é o melhor exame para avaliar o pâncreas. A ressonância magnética (RM) ou a colangiopancreatografia por RM são alternativas para detectar necrose parenquimal. A utilização de classificações nos permite estratificar a severidade da pancreatite aguda, dentre elas: Ranson, APACHE II, BISAP, Glasgow/Imrie, SAPS II  e CTSI. O manejo do paciente deve ser realizado nas primeiras 48-72 horas e inclui monitorização, hidratação, nutrição e antibioticoterapia. PA requer uma intervenção em casos de suspeita ou evidência comprovada de pancreatite necrosante infectada com piora clínica, principalmente em casos de necrose encapsulada. Quanto ao tipo de procedimento, opta-se por alternativas minimamente invasivas e prefere-se uma abordagem tardia. No manejo das complicações é preferível uma abordagem multidisciplinar. Quanto ao prognóstico do paciente com PA necro-hemorrágica, ele é variável e depende da extensão do processo de necrose

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