Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
Abstract
A Depressão Pós-Parto (DPP) é uma complicação com alta prevalência, estima-se que a seja de aproximadamente 10 a 20%. Quanto à etiologia, a causa envolvida na gênese da doença não é totalmente esclarecida, mas a interação entre epigenética, genética, fatores ambientais, fatores sociais e o eixo neuroendócrino hipotálamo-hipófise-adrenal estão relacionados com as principais causas da DPP. Sua identificação depende de uma anamnese minuciosa e uma avaliação de todos os fatores predisponentes. No que tange ao diagnóstico, esse é primordialmente clínico, existem fatores psicológicos que se fundamentam na identificação de transtornos psiquiátricos no período pré-concepção e durante a gestação. Ainda, existem certas condições obstétricas que relacionam o estresse e a depressão com o parto de crianças que necessitam de um maior cuidado, culminando no aumento do risco de DPP. Além disso, fatores biológicos, como faixa etária, alterações hormonais, fatores sociais e estilos de vida são considerados muito importantes para o desenvolvimento da patologia. Acerca da abordagem terapêutica, apresenta-se o tratamento farmacológico e a psicoterapia, no qual o farmacológico se baseia na associação de um ou mais medicamentos, e a abordagem psicoterápica é dividida em terapia interpessoal e terapia cognitivo-comportamental. Por fim, quanto à prevenção, intervenções de aconselhamento no período de gravidez e pós-parto podem ser úteis para reduzir a apresentação da DPP em alguns pacientes
