Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
Abstract
O presente artigo trata dos Círculos de Construção de Paz utilizados como metodologia que possibilita encontros sociais por meio da interação face a face, objetivando que os participantes possam escutar e falar de maneira estruturada e respeitosa sempre que determinado fato ou situação exigir. Essa metodologia faz parte de um conjunto de métodos das práticas restaurativas, firmada em princípios e valores da Justiça Restaurativa, que suscita postura e comportamentos diferenciados diante dos conflitos. No Brasil, nos últimos anos, esses Círculos têm-se multiplicado como uma ferramenta de diálogo em auxílio às práticas educativas nas escolas públicas, a fim de lidarem com os conflitos e poderem conversar a respeito de diversas causas, situações e temáticas. Os Círculos acontecem no formato em que as pessoas se sentam em círculo, seguindo um ritual com seus elementos estruturais – peça de centro, bastão da fala/ objeto da palavra, cerimônia de abertura e fechamento, check-in e check-out, valores e diretrizes e um (a) facilitador (a), o que os tornam distintos de uma simples roda de conversa. Dessa forma, objetiva-se refletir sobre a concepção, a organização e a utilização dos elementos peculiares dos Círculos de Construção de Paz a partir de intercruzamentos teóricos e metodológicos da sua prática na Educação. A trajetória metodológica, assim, foca as reflexões teóricas entrelaçadas com situações vivenciadas nos Círculos de Construção de Paz pela experiência da autora no campo escolar. Como resultados notadamente em construção, o presente trabalho vem com pontos reflexivos que carregam interpretações pautadas em leituras, vivências, pesquisas, estudos e versos e controversos (dúvidas) que não denotam a pretensão precípua de encerrar o debate, mas sim de promover um convite ao debate sobre várias possíveis futuras perspectivas e ângulos diversos sobre o tema
