Fatores maternos de vacas leiteiras de baixa produção que podem influenciar nas concentrações de paraoxonase-1 do neonato / Maternal factors of low production dairy cows that can influence the neonate paraoxonase-1 concentrations

Abstract

Vacas periparturientes apresentam altas demandas metabólicas, taxas de inflamação e consequentemente risco de desenvolver patologias. O cálcio é um dos minerais com demanda extenuante a esses animais, sendo baixas concentrações cálcicas responsáveis pelo acometimento do sistema imune de vacas e seus respectivos bezerros. A enzima paraoxonase-1 também está relacionada com saúde da vaca e de bezerros, ligada a estresse oxidativo e inflamação. Tendo em vista a caracterização das propriedades leiteiras brasileiras, sendo em sua maioria de rebanhos de baixa produção, o objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos maternos em vacas leiteiras de baixa produção que influenciam na imunidade do neonato. O estudo foi realizado com 16 vacas e sua respectiva prole, que tiveram sangue coletado 24 horas após o parto e a colostragem respectivamente. Foram feitas análises séricas de cálcio, magnésio, paraoxonase- 1 na vaca e no bezerro e proteínas plasmáticas totais no bezerro. As vacas foram categorizadas por ordem de parto (primípara e multípara), calcemia (hipocalcêmica e normocalcêmica), raça (holandesa e mestiça) e ainda pelo sexo do bezerro. A concentração mineral e raça não influenciaram nas concentrações de paraoxonase-1 (P> 0,05) e as proteínas plasmáticas totais não foram afetadas por nenhuma categorização (P> 0,05). Bezerros nascidos de vacas multíparas tiveram menores concentrações de paraoxonase-1, indicando maior estresse oxidativo e inflamação, assim como bezerros machos, que apresentaram redução significativa nas concentrações de paraoxonase-1 quando comparados a fêmeas (P<0,05).

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