A PALAVRA EM MOVIMENTO NO ROMANCE OUTROS CANTOS, DE MARIA VALÉRIA REZENDE: MAIS QUE UM FILME PROJETADO FORA DA ORDEM

Abstract

A definição de uma linguagem própria no cinema deve muito à literatura, especialmente naquilo que se tornou seu elemento essencial: a montagem. Ao longo de sua breve história, no entanto, o cinema soube retribuir essa contribuição, emprestando à escrita literária vários dos elementos constitutivos de sua linguagem.  O artigo discute a presença de técnicas do fazer fílmico no romance Outros Cantos, de Maria Valéria Rezende (2016), a partir de estudos de Leone e Mourão (1987), Vieira (2007), Xavier (2003), entre outros. As articulações que a autora promove, na narrativa, seja na montagem de imagem e sons, na alternância de planos e ângulos, e na descrição de imagens, possibilitam ao leitor, em muitos momentos, a sensação de estar diante de um filme

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