(Des)conexões entre a autoavaliação de escola, as lideranças e os professores. Um estudo cruzado de perceções

Abstract

Leaders committed to a hermeneutic of improvement and innovation use the knowledge generated by the self-evaluation about the school to ensure organizational and professional responsiveness to students’ diversity. This article refers to a quantitative and comparative study of perceptions involving leaders, teachers, and members of the self-evaluation team of 23 Portuguese school clusters. The study analysed perceptions of the value given to school self-evaluation, self-evaluation practices, and the use of school knowledge produced by self-evaluation. Non-parametric inferential statistic was used and sustained that: principals are the group that most values self-evaluation, although they do not differ significantly from the perception of middle leaders; teachers place less value on self-evaluation; there are significant differences in the perception of the frequency of dissemination of school results; practices for evaluating pedagogical experiences are weak; there are divergences of perception among educational actors concerning the mobilization of the analysis of the self-evaluation’s results and the use of this knowledge to sustain the identification of factors related to school success and areas for improvement. This study suggests that the perceptions of teachers, middle leaders, and principals about self-evaluation are disconnected. Hence, educational action needs to become more interdependent, and the leader’s activity needs to be leveraged by the school’s self-evaluation to build an inclusive school. Lideranças comprometidas com uma hermenêutica de melhoria e inovação fazem uso do conhecimento produzido pela autoavaliação sobre a escola para assegurar responsividade organizacional e profissional à diversidade de alunos. Este artigo reporta a um estudo quantitativo e comparativo de perceções, implicando lideranças, professores e elementos da equipa de autoavaliação de 23 unidades orgânicas portuguesas. Foram avaliadas as perceções em relação à valorização concedida à autoavaliação de escola, a práticas de autoavaliação e ao uso feito do conhecimento de escola produzido pela autoavaliação. Recorrendo a estatística inferencial não paramétrica constatou-se que: os diretores são a classe que mais valoriza a autoavaliação, embora, não divirjam significativamente da perceção das lideranças intermédias; os professores valorizam em menor grau a ação da autoavaliação; existem diferenças de perceção significativas em relação à frequência de divulgação de resultados escolares; as práticas de avaliação relativas a experiências pedagógicas são débeis; existem divergências de perceção, entre atores educativos, em relação à mobilização da análise dos resultados da autoavaliação e ao uso do conhecimento produzido pela autoavaliação na identificação de fatores afetos ao sucesso escolar e a áreas de melhoria. Este estudo permitiu compreender que as perceções dos professores e das lideranças sobre a autoavaliação são desconexas, pelo que a ação educativa precisa de se tornar mais interdependente, e a ação das lideranças de ser ativada pela autoavaliação, para ser mais inclusiva e justa

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