Atlantida: da lusitanidade à latinidade

Abstract

João de Barros e João do Rio retomaram a ideia há muito enunciada da união luso-brasileira e procuraram dar-lhe a expressividade adequada ao seu tempo. A publicação de uma revista que viria a ser denominada Atlantida e que teria uma feição predominantemente cultural seria o meio para atingirem aquele objetivo. Editada sob o signo da portugalidade, iria contribuir para a criação de uma “nova e grande Lusitânia” em que a tradição de Portugal continental se aliaria à juventude da nação brasileira. O Atlântico e a língua portuguesa seriam os pilares dessa construção. A guerra e a emergência do pangermanismo vieram alterar este plano. A língua e cultura francesas tornaram-se expressão do espírito latino e de oposição ao germanismo. Subalternizada a lusitanidade, a Atlântida, quiçá por isso mesmo, pouco lhe sobreviveu

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