MACHETAZO: THE RABECA AND THE SHAPES OF FIRE: a rabeca e as formas do fogo

Abstract

Este ensaio decorre de uma experiência de prática artística e consequente reflexão teórica, a partir do encontro e uso de um instrumento produzido por Nelson da Rabeca para improvisação livre. Para entender um pouco como se daria uma perspectiva que encara a prática popular como tendo um potencial experimental e improvisatório em si, de uma profundidade formal latente, comparamos diferentes visões sobre a relação entre a vanguarda e o popular que se desenvolveram no cenário cultural da vanguarda pós-Cage nos Estados Unidos, a partir de dois ensaios produzidos por artistas: “Witchcraft, Cybersonis and Folcloric Virtuosity” de Gordon Mumma e trechos de “The Meaning of my Avant-garde Hillibilly and Blues Musc” de Henry Flynt, a serem lidos de igual para igual frente ao objeto-pensamento que é a rabeca de Seu Nelson. Ao final, também traremos a discussão alguns elementos trazidos por Derek Bailey acerca do papel do instrumento-enquanto-aliado na improvisação, e dos potenciais do chamado “não-idiomático” como uma expressão de um impulso-desejo criativo que permeia tanto a improvisação como “fazer com próprias mãos” da cultura popular.This essay stems from an experience of artistic practice and consequent theoretical reflection, from the encounter and use of an instrument produced by Nelson da Rabeca for free improvisation. To understand a little how a perspective that sees popular practice as having an experimental and improvisational potential in itself, of a latent formal depth, would be compared different views on the relationship between the avant-garde and the popular that developed in the cultural scene of the avant-garde post-Cage in the United States, based on two essays produced by artists: “Witchcraft, Cybersonis and Folcloric Virtuosity” by Gordon Mumma and excerpts from “The Meaning of my Avant-garde Hillibilly and Blues Musc” by Henry Flynt, to be read as equals in front of the object-thought that is Seu Nelson's fiddle. In the end, we will also discuss some elements brought by Derek Bailey about the role of the instrument-as-ally in improvisation, and the potential of the “non-idiomatic” call as an expression of a creative impulse-desire that permeates both improvisation and “do it with your own hands” of popular culture

    Similar works