O presente artigo, originou-se de um estudo que buscou compreender o processo de adaptação de universitários de medicina em um curso que adota metodologias ativas de ensino para aprendizagem. Os objetivos do estudo foram verificar a presença de estresse psíquico em acadêmicos concludentes do primeiro ano de graduação, bem como compreender o processo de adaptação ao novo método e os fatores protetores e estressores presentes em suas vivências. Para tal, foi realizada uma abordagem metodológica mista, em que a primeira etapa referiu-se como um estudo transversal e, subsequente análise quantitativa; enquanto a segunda etapa delineada na abordagem qualitativa. Na fase inicial, 71 alunos de uma faculdade privada do interior do estado de São Paulo, responderam formulários online a respeito do perfil sociodemográfico e sobre a escala MBI-SS que avalia a presença da Síndrome de Burnout em estudantes, enquanto na segunda fase foi executada uma entrevista junto à um grupo de 12 alunos escolhidos por meio de um sorteio. Os resultados evidenciaram que a maioria dos participantes são do sexo feminino e com relação aos índices de Burnout não apontaram a presença da síndrome e por fim na entrevista identificou-se os possíveis motivos associados ao estresse do estudante tais como auto cobrança, timidez, carga horária de estudos extensa, entre outros. Essa experiência forneceu subsídios para o implemento de estratégias preventivas a fim de assegurar uma melhor experiência na educação médica destes e de outros discentes, além da prevenção do estresse psíquico e patologias associadas, tais quais a Síndrome de Burnout