A criança é, dentro do sistema familiar, o membro mais vulnerável.
O seu bem-estar não depende apenas dos seus recursos internos, mas também
das condições, mais ou menos favoráveis, que o ambiente e as relações familiares
lhe proporcionam. Quando o sistema familiar se desorganiza, as consequências
para o seu desenvolvimento são inevitáveis. Contudo, a criança não
é um agente passivo nesse processo, e a forma como vivência o impacto da
adversidade - o seu nível de resiliência - e como gere situações desencadeadoras
de stresse - as suas estratégias de coping - desempenham uma função
fundamental na integração da desorganização familiar na sua vivência