Corso, Andréa Lúcia

Hentges, Cláudia Regina

Menezes, Fabiana Costa

Procianoy, Renato Soibelmann

Silveira, Rita de Cássia dos Santos

Trindade, Gabriela Schöler

Portuguese

Lume 5.8

    60   NEONATOLOGIA GERAL  Desafios no diagnóstico de sepse neonatal tardia em pacientes internados em UTI neonatal terciária   Fabiana C. Menezes1, Gabriela S. Trindade, Cláudia R. Hentges, Renato Soibelmann Procianoy, Rita C. Silveira, Andrea L. Corso  1 Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, RS, Brasil.    Introdução: O diagnóstico de sepse neonatal tardia permanece sendo um desafio para o neonatologista, sintomas costumam ser inespecíficos; hemocultura considerada o padrão ouro no diagnóstico apresenta baixa sensibilidade. Porém, a sua positividade auxilia no direcionamento do tratamento, tanto na escolha do antibiótico, como no tempo de antibioticoterapia.  Objetivo: Analisar a positividade das hemoculturas coletadas nos quadros de diagnóstico de sepse neonatal tardia em UTI Neonatal de alta complexidade.  Metodologia: Estudo retrospectivo realizado com base em análise de dados do Programa EPIMED no período de março a dezembro de 2022, incluindo casos com suspeita de sepse neonatal tardia (com mais de 72h de vida). Análise descritiva com percentuais dos achados.  Resultados: Um total de 455 internações, sendo divididas em 4 grupos, de acordo com a idade gestacional (IG): menor que 28 semanas, entre 28-31 semanas, entre 32-35 semanas e maior ou igual a 36 semanas. Houve 123 casos de sepse neonatal tardia presumida e que usou antibioticoterapia por alteração clínica e laboratorial, todos com coleta de hemocultura em dois sítios distintos; sendo 43 (34,9%) menores de 28 semanas de IG, 20 (16,2%) entre 28-31 semanas, 20 (16,2%) nos entre 32-35 semanas e 40 (32,5%) nos maiores ou igual a 36 semanas. A positividade geral da hemocultura coletada nesses 123 episódios de infecção foi de 31,7%. Analisando cada grupo isoladamente, a positividade foi de 32,5% no primeiro grupo, 30% no segundo, 35% no terceiro e 30% no quarto. O patógeno mais prevalente foi o Staphylococcus coagulase negativo (16,2%).  Conclusão: Os critérios clínicos na nossa unidade permanecem o guia para tratamento antimicrobiano na sepse neonatal tardia, uma vez que um percentual de cerca de 30% tem comprovação microbiológica, sendo semelhante aos resultados encontrados na literatura, que variam entre 20-30%. Esse mapeamento permite refletir sobre o super diagnóstico e tratamento na sepse neonatal tardia.  Palavras-chave: Hemocultura. Sepse neonatal tardia. Antibioticoterapia. Neonato.   

Desafios no diagnóstico de sepse neonatal tardia em pacientes internados em UTI neonatal terciária

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