Assessing the impact of public policies on the safe development paradox in Presidente Getúlio municipality : Brazil

Abstract

Hydrological disaster risk reduction is a complex challenge that requires a comprehensive approach that considers both the social and hydrological systems. The safe development paradox (SDP) is a socio-hydrological phenomenon that can occur when measures lead to a false sense of safety and increase vulnerability and exposure. In this study, we investigated this phenomenon in detail to verify if public policies influence the SDP and perception of hydrological disaster risks. To this end, we performed (1) a systematic literature review of scientific literature and (2) conducted a case study to evaluate the SDP in the Revólver basin, an area with no major structural measures which experienced a compound disaster of hydrological phenomena and the COVID-19 pandemic. For the SDP evaluation, mixed methods were used, including interviews with community members and with local stakeholders with formal roles using the protection motivation theory, document analysis, and spatial analysis. The systematic review found that most studies provided evidence to confirm the SDP and its sub-phenomena, the “levee effect.” However, quantitative studies often overlooked critical dimensions such as vulnerability, risk perception, and the existence of the false sense of safety. More comprehensive assessments were observed in mixed methods and qualitative approaches, which most encompassed aspects such as preparedness, vulnerability, and risk perception. In regards the case study, the Revólver basin’s we found low threat and coping appraisals among community members, which led to inadequate protective responses. Additionally, a false sense of safety was present among a third of the participants, fostered by high trust in the government policies related to disaster risk reduction (DRR) and the consideration of building permits as safety indicators. These individuals adopted non-protective behaviour due to this false sense of safety. Stakeholders with formal roles indicated that DRR actions were absent in the study area, primarily because it had been deemed secure until the 2020 disaster. Local policies, particularly the relaxation of riparian regulations and inadequate risk mapping, facilitated settlement in hazardous regions, exacerbating the SDP among community members. Therefore, local policies influenced the SDP in the study area, especially in regions with rare disaster prevalence. Lastly, this research contributes to the understanding of the complex interplay between public policies and socio-hydrological phenomena, and highlights the need of policies integration for DRR. In addition, highlights the potential for non-structural policies directly or indirectly related to DRR to produce unintended effects on societal risk dynamics. For future research, we recommend expanding the geographical scope, investigating a wider range of disasters, and continuing to explore the potential effect of policies in areas without protection infrastructures. We also recommend examining factors that may increase risk perception and preparedness in areas affected by the SDP, and investigating the transition from an adequate sense of safety to a false sense of safety and identifying the influencing factors.A redução do risco de desastres hidrológicos é um desafio complexo que requer uma abordagem abrangente que considere os sistemas sociais e hidrológicos. O paradoxo do desenvolvimento seguro (PDS) é um fenômeno socio-hidrológico que pode ocorrer quando medidas levam a uma falsa sensação de segurança e aumentam a vulnerabilidade e a exposição. Neste estudo, investigamos este fenômeno em detalhe para verificar se as políticas públicas influenciam o paradoxo do desenvolvimento seguro e a percepção de desastres hidrológicos. Para isso, realizamos (1) uma revisão sistemática da literatura científica sobre o PDS e (2) um estudo de caso para avaliar o PDS na bacia do Revólver, uma área sem grandes medidas estruturais que foi acometida por um desastre composto de fenômenos hidrológicos em cascata e a pandemia de COVID-19. Para a avaliação do PDS, foram utilizados métodos mistos, incluindo entrevistas com membros da comunidade e com stakeholders locais com funções formais utilizando a teoria da motivação para a proteção (TMP), análise documental e análise espacial. A revisão sistemática constatou que a maioria dos estudos forneceu evidências para confirmar o PDS e seu sub-fenômeno, o “efeito de dique”. No entanto, os estudos quantitativos frequentemente negligenciaram dimensões críticas como vulnerabilidade, percepção de risco e a existência da falsa sensação de segurança. Avaliações mais abrangentes foram observadas em abordagens qualitativas e de métodos mistos, e englobaram aspectos como preparação, vulnerabilidade e percepção de risco. Já em relação ao estudo de caso, encontramos baixa percepção de risco e baixa percepção de capacidade para enfrentar os desastres, o que levou a um comportamento não protetivo. Ademais, a falsa sensação de segurança foi observada em um terço dos participantes, alimentada por uma alta confiança nas políticas governamentais relacionadas à redução do risco de desastres (RRD) e pela consideração de alvarás de construção como indicadores de segurança. Estes indivíduos adotaram um comportamento não protetivo devido a essa falsa sensação de segurança. Os stakeholders com papéis formais indicaram que não havia ações de RRD na área de estudo, pois era considerada segura até o desastre de 2020. As políticas locais, particularmente a flexibilização das áreas de preservação permanente e o mapeamento inadequado de riscos, facilitou o assentamento em regiões de perigo, exacerbando o PDS entre os membros da comunidade. Portanto, as políticas locais influenciaram o PDS na área de estudo, especialmente em regiões com baixa prevalência de desastres. Esta pesquisa contribui para a compreensão da complexa inter-relação entre políticas públicas e fenômenos socio-hidrológicos, e destaca a necessidade de integração de políticas para a RRD. Além disso, destaca o potencial de políticas não estruturais diretamente ou indiretamente relacionadas à RRD para produzir efeitos não intencionais na dinâmica social do risco. Para pesquisas futuras, recomendamos ampliar o escopo geográfico, investigar uma gama mais ampla de desastres e continuar a explorar o potencial efeito das políticas em áreas medidas estruturais para proteção. Também recomendamos examinar fatores que podem aumentar a percepção do risco e a preparação em áreas afetadas pela PDS, e investigar a transição de uma sensação de segurança para uma falsa sensação de segurança e identificar os fatores que influenciam

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