CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E MINERALÓGICA DAS ROCHAS DO MORRO DO NÍQUEL (MG) E CORRELAÇÕES COM O PROCESSO DE SERPENTINIZAÇÃO: Textural and mineralogical analisys of Morro do Níquel rocks (MG) and correlations with serpentinization

Abstract

Morro do Níquel, a serpentinitic massif located in the southern extension of the Southern Brasilia Belt, in the Passos Nappe context, was the subject of a detailed textural and mineralogical study, developed on a drillhole, aiming to characterize the rocks present there. This massif has an ellipsoidal shape, with dimensions of 400 x 800 meters and thickness greater than 300 meters, composed only by serpentinite. This serpentinite has a predominance of mesh, mesh-ribbon and ribbon textures, consisting of lizardite / chrysotile and pseudomorphs that refer to preterit olivine crystals. The homogeneity of the studied samples indicates that the protolith was a rock with granular texture, medium to coarse granulation (> 0.5 cm) and constant mineralogy, possibly a dunite. The conditions described for that massif indicate two metamorphic events, an older one that developed in amphibolite facies, and a younger one, developed in prehnite-pumpellyite facies, but that partially preserved features of the past event. The presence of awaruite and heazlewoodite suggests a serpentinization developed in low O2 and S2 fugacity. Petrographic, lithological and metamorphic analysis shows that this body has distinct characteristics from serpentinites of the Greenstone Belt Morro do Ferro, an archean metavolcanossedimentary unit to which it is currently associated.O Morro do Níquel, maciço serpentinítico situado na extensão sul da Faixa Brasília Meridional, no contexto da Nappe de Passos, foi objeto de estudo mineralógico e textural detalhado, desenvolvido com base em testemunho de sondagem, visando caracterizar os litotipos ali presentes. Esse corpo apresenta formato elipsoidal, com dimensões de 400 x 800 metros e espessura superior a 300 metros, constituído, unicamente, por serpentinito. Esses serpentinitos apresentam predominância de texturas mesh, mesh-ribbon e ribbon, constituídas de lizardita/crisotilo e pseudomorfos que remetem a cristais reliquiares de olivina. A homogeneidade das amostras estudadas indica que o protólito potencialmente era composto de rocha com textura granular, granulação média/grossa (>0,5cm) e mineralogia constante, correspondendo, possivelmente, a um dunito. Nesse maciço são descritas condições indicativas de dois eventos metamórficos, um mais antigo que se desenvolveu em fácies anfibolito, e um mais jovem, em fácies prehnita-pumpellyita, mas que preservou, parcialmente, feições do evento pretérito. A presença de awaruita e heazlewoodita descreve uma condição de serpentinização em condições de baixa fugacidade de O2 e S2. A análise petrográfica, litológica e metamórfica aponta que esse corpo guarda características distintas dos serpentinitos do Greenstone Belt Morro do Ferro, unidade metavulcanossedimentar arqueana à qual é atualmente associado

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