Trabalho apresentado no Congresso Brasileiro de Primatologia, 11., 2005, Porto Alegre.Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.Parque Estadual Dunas do Natal. Natal, RN, Brasil.Secretaria Municipal de Saúde de Natal. Natal, RN, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilSecretaria de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasilia, DF, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Centro Nacional de Primatas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Centro Nacional de Primatas. Belém, PA, Brasil.Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Brasília, DF, Brasil.Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.Epizootias com impacto sobre as populações de gorilas e
chimpanzés têm sido documentadas na África. No Brasil, há registros de morte de primatas não humanos devido ao vírus da febre amarela silvestre. O presente trabalho relata uma epizootia ocorrida em uma
população de sagüis no Parque Estadual Dunas do Natal em 2004. Esse primata é utilizado como modelo experimental em pesquisas
biomédicas, dada sua proximidade filogenética com o homem, com o qual compartilha a susceptibilidade a diversos agentes patogênicos.
Considerando esses aspectos a Vigilância Epidemiológica do Estado do Rio Grande do Norte formou uma equipe interinstitucional de especialistas para investigar o caso sob a supervisão técnica do
Ministério da Saúde. lnicialmente objetivou-se a pesquisa de febre
amarela, pois um levantamento entomológico prévio na área detectara vetores para o vírus amarílico. Posteriormente, foram também investigadas raiva e infecções bacterianas. Quarenta e seis animais foram capturados durante a epizootia, sendo dez destes submetidos a exames clínicos e necropsia. Foram coletadas amostras para análise histopatológica, bacteriológica e pesquisa viral. Os sinais clínicos mais freqüentes observados foram edema facial, hipotermia e desidratação. Pneumonia, hepatoesplenomegalia, petéquias hepáticas e linfadenite
foram achados macroscópicos comuns à necropsia. A histopatologia revelou quadro séptico com microabcessos em diversos órgãos, broncopneumonia e pneumonia intersticial. Foram isoladas, por hemocultura, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureús, Bordeteli.a bronchiseptica e Escherichia coli. A pesquisa de febre amarela e de outros arbovírus, raiva e citomegalovírus foi negativa, porém foi positiva em cinco animais para adenovírus, avaliada através de imunohistoquímica. A adenovirose é sugerida como causa da epizootia.Epizooties with impact on gorilla and chimpanzee populations
have been reported in Africa. In Brazil, there are records af death of
non-human primates due to selvatic yellow rever. This chapter reports an epizoot in a population of common marmosets in the Dunas do
Natal State Park in 2004. This monkey is an imp9rtant experimental
model used in biomedical research because of susceptibility to several
pathogenic agents. Based on the Epidemiological Surveillance in the
State of Rio Grande do Norte, Brazil, an interinstitutional team of
experts was organized to investigate the case under the technical
supervision of lhe Ministry ofHealth. The research began with a yellow
rever evaluarion because a previous entomological survey at lhe site had
found the vectors ofits virus. Later, rabies and bacterial infections were
algo investigated. Forty-six animaIs were found dead or dying during
the epizootten of which were submitted for clinical exams and
necropsy. Samples for histopathologic and bacteriological analyses and
viral research were collected. The most frequent clinical signals
observed were racial edema, hypothermia and dehydration. Pneumonia,
hepatosplenomegaly, hepatic petechiae and lymphadenitis were found
macroscopically during necropsy. The histopathology revealed sepsis
with mícroabscesses in. several organs, bronchopneumonia and
interstitial pneumonia. Hemoculture isolated Pseudomonas aeruginosa,
StaphyococclIs aureus, Bordetela bronchiseptica and Escherichia coli.
The results for arboviruses, rabies and cytomegalovirus were negative.
However, tive animaIs were positive for adenovirus evaluated by
immunohistochemistry. The adenovirosis is suggested as the cause of
the epizooty