Incidência das diarréias infantis agudas em um bairro periférico de Belém, Pará: fase preparatória de um futuro estudo de campo com uma vacina contra rotavírus

Abstract

Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.No período de fevereiro a setembro de 1988 foram recrutadas e submetidas a acompanhamento sistemático, 78 crianças habitantes de um bairro periférico da cidade de Belém, Brasil. Observou-se que cinco (6.4%) desses indivíduos foram excluídos no decurso do estudo, uma vez que passaram a morar em outra área da cidade. Visitas domiciliares, duas vezes por semana, foram empreendidas por agentes de campo, sendo os cuidados médicos proporcionados por dois profissionais de nosso grupo. Foram registrados 67 episódios de diarréia, obtendo-se espécimes fecais para exames em 62 (92.5%) deles. Rotavírus foram detectados em 4 (6.4%) dos episódios analisados laboratorialmente,todos classificados como subgrupo II (perfil eletroforético de ARN longo). De 60 espécimes fecais processados quanto à presença de enteropatógenos bacterianos, logrou-se obter 7 (11,7%) isolamentos de Escherichia coli enteropatogênicas, 3(5,0%) de Sjigella sonnei e 1 (1, 7%) de SalmonelIa grupo Cl. Detectou-se, ainda, Campylobacter sp em 2 (4,9%) dos 41 espécimes fecais cultivados com o propósito específico de detectar-se esse agente. Cryptosporidium sp. foi observado em apenas 1 (2.7%) dos 37 espécimes fecais analisados. A maior incidência de diarréia, 24.5%, ocorreu em abril, enquanto que a menor, 9.3%, em março. Das 78 crianças recrutadas, 52 (66.7%) apresentaram diarréia. A taxa de ataque clínico específica por idade não exibiu diferenças nítidas nos intervalos de 0 a 3 e 5 a 8 meses, porém, configurou-se um pico aos 4. A taxa de diarréia cumulativa atingiu a cifra de 1,4 episódio por criança, aos oito meses. As freqüências de vômitos (75%), febre (50%) e desidratação (50%) revelaram-se superiores aos mesmos parâmetros avaliados no grupo de diarreias relacionadas a outros agentes etiológicos

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